Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 18 de setembro de 2024 às 19h05.
O Brasil se manteve como o país com o segundo maior juro real do mundo após alta da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), segundo levantamento compilado pelo economista Jason Vieira da consultoria MoneYou.
O Banco Central (BC) subiu a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.) para 10,75% ao ano, primeira alta após um ciclo de sete cortes seguidos, que começou em agosto de 2023 e terminou em maio de 2024.
Com esse aumento, a taxa de juros real brasileira subiu para 7,33%, atrás apenas da Rússia, que encabeça o ranking, com taxa de 9,05%. O ranking considera as taxas de 40 países. Na terceira posição, está a Turquia, com juros reais de 5,47%, seguida do México, com 5,45%, e Indonésia, com 4,37%.
O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
A Argentina tem o menor juro real entre os países do ranking, com -33,92%, por enfrentar um quadro de inflação e juros altos. Segundo levantamento, a situação do país ficou levemente acima das expectativas, ainda assim, o ciclo continua a melhorar no atual contexto, enquanto os dados turcos mantêm o cenário de piora em termos de juros e inflação.
Entre os 40 países, 45% mantiveram a taxa de juros, 2,50% elevaram e 52,50% cortaram. Jason Vieira afirma, em nota, que o movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força — e mais países cortaram do que elevaram a taxa.
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu para a 6ª posição. Veja abaixo: