Economia

Brasil será proativo para reforçar o crescimento, diz Dilma

Presidente disse que o momento adverso na economia internacional pressiona as taxas de crescimento de países em desenvolvimento

Dilma: "O governo brasileiro terá uma posição proativa no sentido de ampliar, cada vez mais, a taxa de crescimento no Brasil de forma sustentável" (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Dilma: "O governo brasileiro terá uma posição proativa no sentido de ampliar, cada vez mais, a taxa de crescimento no Brasil de forma sustentável" (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 13h20.

O governo vai trabalhar ativamente para aumentar o crescimento do Brasil, mas fará isso com responsabilidade fiscal, disse nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff, pouco antes do anúncio de que a economia brasileira cresceu 2,7 por cento em 2011.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou recuperação gradual da economia no fim do ano passado em meio à crise internacional, mas o desempenho veio abaixo do esperado pelo próprio governo.

"O governo brasileiro terá uma posição proativa no sentido de ampliar, cada vez mais, a taxa de crescimento no Brasil de forma sustentável, respeitando o equilíbrio macroeconômico com finanças públicas e uma estrutura fiscal sólida", disse Dilma em Hanover, na Alemanha, em comunicado conjunto com a chanceler alemã, Angela Merkel.

O crescimento de 0,3 por cento no quarto trimestre sobre os três meses anteriores indica uma recuperação da atividade econômica, mas a indústria continua fraca, tendo recuado 0,5 por cento no período.

O Banco Central trabalhava com a previsão de que o PIB cresceria 3 por cento no ano passado mas o seu próprio indicador de atividade, o IBC-Br, que registrou crescimento de apenas 2,79 por cento no ano, já havia mostrado que o avanço seria menor.

Dilma disse que o momento adverso na economia internacional pressiona as taxas de crescimento de países em desenvolvimento e voltou a criticar o excesso de liquidez que valoriza moedas locais, como o real, favorecendo importações e prejudicando a indústria nacional.

"(Este) é um período adverso, eu acho, para a economia internacional, uma vez que não só os países desenvolvidos estão sofrendo pressões nas suas taxas de crescimento, mas também os países emergentes", disse Dilma.

"Na verdade, o que tem acontecido é que os países emergentes têm visto as suas taxas de crescimento diminuírem".

Dilma elevou o tom das críticas às medidas de política monetária expansionista praticadas pelos países desenvolvidos, como a injeção de 530 bilhões de euros na semana passada pelo Banco Central Europeu (BCE) nas instituições financeiras que enfrentam problemas, chamando o momento de "tsunami monetário".

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoDilma RousseffGoverno DilmaIndicadores econômicosPersonalidadesPIBPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto