Segundo o estudo do HSBC, em quarenta anos, o PIB do Brasil vai aumentar 221% (Dennis Grombkowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 18h44.
São Paulo - O Brasil será a sétima economia mundial em 2050, de acordo com estudo "O Mundo em 2050", feito pelo banco HSBC. Nos próximos quarenta anos, uma vez que a projeção foi feita com números referentes a 2010, o Brasil deve crescer a um ritmo mais acelerado do que os países desenvolvidos, o que deve alçá-lo a um novo posto no ranking.
A projeção se baseia em um modelo que considera fundamentos como o Produto Interno Bruto (PIB), a renda per capita, segurança jurídica, democracia, escolaridade e o crescimento populacional.
O estudo destaca que, entre 1986 e 1994, o Brasil conviveu com taxas de inflação acima de 500% e afirma que o controle da inflação foi o ponto de reversão na história recente do País. "Tal foi essa reversão em sua gestão econômica que agora o País está taxando o investimento estrangeiro para impedir o fluxo de capital", cita o estudo.
Como pontos a melhorar, o estudo cita que a democracia poderia ter contribuído mais para reforçar a segurança jurídica do País e também menciona a necessidade de controlar a corrupção. O banco reconhece os esforços para elevar o nível de escolaridade do País, ainda considerado baixo.
Em 2050, as maiores economias mundiais serão, por ordem, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha, Reino Unido, Brasil, México, França e Canadá. Atualmente, o País é a nona economia mundial, segundo o estudo, que se baseou em dados de 2010. As principais mudanças em relação ao ranking atual das dez maiores economias do banco serão a saída da Itália, que será a 11ª maior economia, e a entrada do México, atualmente na 13ª posição.
Segundo o estudo do HSBC, em quarenta anos, o PIB do Brasil vai aumentar 221%, de US$ 921 bilhões em 2010 para US$ 2,960 trilhões em 2050 (a preços constantes de 2000). A população brasileira, de 195 milhões em 2010, vai crescer 12%, para 219 milhões.
Entre 2010 e 2050, de acordo com o HSBC, a renda per capita vai passar de US$ 4,711 mil para US$ 13,547 mil, um crescimento de 188%, não suficiente, porém, para melhorar a posição do País no ranking de renda per capita. Até lá, o Brasil, atualmente na 52ª posição, cairá para o 61º lugar.
No ranking das 100 maiores economias de 2050, o Brasil está no grupo de países que vão apresentar um crescimento moderado, em uma média anual entre 3% e 5%. No grupo, estão 43 países, entre eles México, Turquia, Rússia, Indonésia e Argentina.
Entre os que apresentarão um crescimento rápido, em uma média anual acima de 5%, estão 26 países, como China, Índia, Filipinas Egito e Malásia. Também fazem parte do grupo países sul-americanos como Peru, Equador, Bolívia e Paraguai. No grupo dos que terão uma economia estável, com crescimento médio anual abaixo de 3%, estão 31 países, boa parte desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e os países da União Europeia.