Em relatório de perspectivas publicado nesta quarta-feira em Paris, a organização ressalta que o PIB nacional subirá 3,5% em 2014 devido às políticas de relançamento orçamentário e monetário (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 06h50.
Paris - O Brasil retomará o caminho do crescimento perdido no último ano a partir de 2013, quando deverá apresentar um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9%, dois pontos acima do magro 0,9% alcançado em 2012, informou nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em um relatório de perspectivas publicado hoje em Paris, a organização ressalta que o PIB nacional subirá 3,5% em 2014 devido às políticas de relançamento orçamentário e monetário, embora a OCDE ressalte a intensificação das tensões inflacionárias.
Segundo a OCDE, o índice de inflação em 2013 alcançará 6,2% e só será reduzido a 5,2% em 2014, um número ainda muito acima da meta de 4,5%.
Para estimular o crescimento, os autores do relatório recomendam a eliminação dos impedimentos estruturais mediante a melhora das infraestruturas, a redução da carga fiscal e a simplificação dos sistemas tributários. Além disso, a OCDE defende um maior reforço dos mercados de capitais privados a longo prazo.
No estudo, a OCDE indica que as autoridades brasileiras deverão avaliar a eficácia e as consequências das crescentes ajudas do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social e sugere que poderia ser conveniente ampliar a reavaliação dessas ajudas a todas as transferências orçamentárias.
A OCDE também assinala que seria preciso revisar a eficácia dos recentes incrementos das tarifas alfandegárias sobre importações, que, a principio, deveriam ser temporárias, assim como certos sistemas de apoio à indústria local.
Por último, o relatório da organização alerta que, embora haja sinais de uma recuperação do investimento, dúvidas poderiam surgir caso uma deterioração da confiança nas políticas econômicas fosse registrada.
Concretamente, a OCDE recomenda que haja uma comunicação 'transparente' sobre as contas públicas e uma atuação cautelosa com o controle do índice de inflação.