Exportações: esse é o melhor resultado para o mês desde 2006, de acordo com Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Jerome Favre/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 18h15.
Brasília - A balança comercial brasileira teve superávit de 4,578 bilhões de dólares em julho, melhor resultado para o mês desde 2006, dando sequência à melhora nas trocas comerciais que vem sendo alavancada pela recessão econômica.
O resultado, entretanto, veio abaixo da expectativa de saldo positivo em 4,95 bilhões de dólares para o mês passado, apontado em pesquisa Reuters.
Com o dólar num patamar mais alto e diante da debilidade da atividade, as importações vêm caindo em ritmo acentuado, enquanto as exportações têm recuado bem menos.
Em julho, as importações sofreram declínio de 20,3 por cento sobre um ano antes pela média diária, somando 11,752 bilhões de dólares no mês, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira.
Por sua vez, as exportações caíram 3,5 por cento pelo mesmo critério, alcançando 16,331 bilhões de dólares no último mês. Com isso, nos sete primeiros meses do ano o superávit da balança comercial alcançou 28,230 bilhões de dólares, o maior para o período da série histórica iniciada em 1989.
Para 2016, a expectativa do Banco Central é de que a balança fique positiva em 50 bilhões de dólares. Já o ministério estimou que o saldo ficará no azul entre 45 a 50 bilhões de dólares.
Mês
Em julho, as exportações cresceram na comparação anual em semimanufaturados (+10,1 por cento), com destaque para açúcar em bruto (+58,4 por cento), e na categoria de manufaturados (+7,3 por cento), beneficiadas, neste caso, pela venda de plataforma para extração de petróleo.
Já os embarques de básicos recuaram 14,7 por cento, afetados pela menor exportação de soja em grão e minério de ferro. Segundo o ministério, as importações caíram em todas as categorias.
A queda foi de 40,7 por cento em combustíveis e lubrificantes, 29,8 por cento em bens de consumo, 21,2 por cento em bens de capital e 13,5 por cento em bens intermediários. (Por Marcela Ayres)