Na avaliação do órgão, os serviços de hospedagem encontram-se no último elo da cadeia dos serviços turísticos, mas se configuram como um dos mais importantes, pois “representam a base da permanência temporária do turista que busca encontrar a extensão de sua residência” (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 08h17.
Rio de Janeiro - Em 2010, 5,2 milhões de turistas estrangeiros entraram no país – um patamar considerado “baixo” pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando comparado a outros países como a França (76,8 milhões), os Estados Unidos (59,7 milhões), a China (55,7 milhões) e a Espanha (52,7 milhões). Os dados fazem parte da Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011, divulgada hoje (25) pelo IBGE.
O estudo anterior foi publicado em 28 de fevereiro e se restringia aos municípios das capitais. O levantamento desta quarta-feira inclui também as regiões metropolitanas das capitais e as regiões integradas de desenvolvimento (Rides). A expectativa, segundo o instituto, no entanto, é que haja aumento significativo no ingresso de turistas estrangeiros com os grandes eventos internacionais programados para ocorrer no país – como a Copa das Confederações (em 2013), a Copa do Mundo (em 2014) e os Jogos Olímpicos de 2016.
O IBGE alerta, porém, que esse crescimento esperado da demanda turística vai exigir, em contrapartida, uma infraestrutura “compatível”, principalmente no que diz respeito ao transporte (aéreo, rodoviário intermunicipal, interestadual e internacional), aos serviços de excursões, de hospedagem e alimentação.
Na avaliação do órgão, os serviços de hospedagem encontram-se no último elo da cadeia dos serviços turísticos, mas se configuram como um dos mais importantes, pois “representam a base da permanência temporária do turista que, de uma forma geral, busca encontrar a extensão de sua residência [ao viajar]”.
Nesse ponto, especificamente, a Pesquisa de Serviço de Hospedagem 2011 constata um dado preocupante: apenas 12,6% dos estabelecimentos existentes em 2011, no país, eram considerados de luxo ou superior, com elevados padrões de conforto. Em contrapartida, 87,4% dos estabelecimentos tinham, em 2011, médio e baixo conforto/qualidade dos serviços, sendo 27,4% considerados turístico/médio conforto, 38,3% econômicos e 21,7% simples.
Os apart-hotéis e flats concentram, segundo o IBGE, maior proporção de categorias luxo e superior/muito confortável (41,5%), seguido pelos hotéis (19,8%), estes com a maior proporção de estabelecimentos na categoria luxo (5,8%).
A região metropolitana de São Paulo registra o maior número de estabelecimentos de luxo e superior/muito confortável (174), mas a do Rio de Janeiro a maior concentração: 18,2% dos estabelecimentos nessa categoria.
Além disso, os estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas regiões integradas de desenvolvimento integrado (Ride) do país são constituídos predominante por hotéis (hotéis históricos, resorts e hotéis-fazenda), que respondem por 46,9% do total dos estabelecimentos.
O levantamento do IBGE indica que, em seguida, estão os estabelecimentos classificados como motéis, com 24,8%; e pousadas (20%).
Já a distribuição dos tipos de estabelecimento evidencia a região integrada de desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno como a de maior proporção de hotéis, com 57,5%. Em seguida estão as regiões metropolitanas de Curitiba, com 55,9%; São paulo, com 54,6% e Rio de Janeiro, com 52,5%.
Por outro lado, os estabelecimentos de hospedagem das regiões metropolitanas das capitais e regiões integradas de desenvolvimento registram uma média de 44 unidades por estabelecimentos. Neste conjunto, destaca-se a região metropolitana do Rio de Janeiro, com a média de 63 unidades por estabelecimento; seguido de São Paulo, com com 52; e Curitiba, com 45.