Rio de Janeiro - O Brasil receberá investimentos de 4 trilhões de reais entre 2014 e 2017, aumento real de 28 por cento em relação ao período de 2009 a 2012, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O montante é uma projeção dos planos estratégicos das empresas, não se restringindo apenas aos projetos apoiados pelo BNDES, informou o banco. O valor supera a projeção de 3,98 trilhões de reais feita para o mesmo período divulgada em outubro do ano passado.
Na comparação com a projeção anterior, a maior revisão foi a do setor de petróleo e gás, que teve aumento de 30 bilhões de reais na previsão de investimentos, para um total de 488 bilhões de reais, alta de 53 por cento na comparação com 2009-2012.
"Petróleo e gás é um setor que por sua dimensão é muito importante, e está com perspectiva muito favorável", disse Fernando Pimentel Puga, superintendente da área de pesquisa econômica do BNDES, explicando que a revisão para cima ocorreu após o leilão do campo de Libra, na Bacia de Campos.
O setor de energia elétrica também teve adição de 16 bilhões de reais, para investimentos totais de 192 bilhões de reais, alta de 9 por centro frente ao período de 2009 a 2012.
A maior parte dos investimentos na área de eletricidade está em geração de energia, sendo as hidrelétricas a parcela mais expressiva, com 54,5 bilhões de reais. Puga afirmou que o crescimento não foi maior porque o período de 2009 a 2012 registrou altos investimentos na usina de Belo Monte, no Pará.
O setor de papel e celulose teve incremento de 7 bilhões de reais, para um total de 26 bilhões de reais, alta de 41 por cento frente ao período de 2009 a 2012.
Indústria e Infraestrutura
Do total de 4,07 trilhões de reais mapeados para 2014-2017, a indústria responde por 1,15 trilhão de reais em perspectiva de investimento, aumento acumulado de 31 por cento, devido sobretudo ao setor de óleo e gás, disse o banco.
A infraestrutura responde por 575 bilhões de reais, com incremento de 35 por cento sobre o período anterior, puxado sobretudo por dois setores ligados à logística: portos e ferrovias, próximos alvos de concessão pelo governo federal.
De todos os segmentos listados, a siderurgia é o único setor com previsão de queda no volume de investimentos, diante do quadro de sobreoferta de aço no mundo. Segundo o levantamento do BNDES, o setor brasileiro de aço investirá 16 bilhões de reais até 2017, queda de 57 por cento frente ao período de 2009-2012.
Porém, a expectativa de 16 bilhões de reais para a siderurgia é maior que a previsão anterior divulgada pelo BNDES em outubro passado, de 10 bilhões.
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1. Investindo bilhões (e até trilhões)
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1/7 (Chris McGrath/Getty Images)
São Paulo – A crise financeira internacional afeta a estratégia de investimentos em
infraestrutura pelo mundo. Apesar das dificuldades, ainda há bons exemplos de projetos em andamento em diversos países. Essa é uma das conclusões possíveis com um relatório sobre infraestrutura mundial produzido em parceria entre o instituto de planejamento urbano Urban Land Institute e a auditoria e consultoria
Ernst & Young. No estudo, as empresas pesquisaram uma série de iniciativas em diversos países. O documento citou vários exemplos de projetos em desenvolvimento ou prestes a serem desenvolvidos pelo mundo. Clique nas fotos e confira alguns desses exemplos nas próximas páginas:
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2. Elevação da Bayonne Bridge – Estados Unidos
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2/7 (Creative Commons / Wikipedia)
Um dos projetos de infraestrutura em desenvolvimento nos Estados Unidos é a elevação da ponte Bayonne Bridge, que liga Nova Jersey e State Island. A ponte foi liberada para o trânsito em 1931 e, embora facilite muito a vida de motoristas e pedestres, restringe a altura máxima dos navios que passam por baixo da ponte. Para resolver esse problema e permitir o trânsito de mais navios, a autoridade portuária dos Estados Unidos está trabalhando no aumento da altura da ponte, que permitirá que embarcações mais altas passem por ali. A mudança deve ficar pronta entre o final de 2015 e o início de 2016. A expectativa após a conclusão do projeto é que até o preço para consumidores diminua, já que os produtos transportados nesses navios maiores terão mais uma rota para navegar.
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3. Ferrovia entre Birmingham e Londres - Inglaterra
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3/7 (Divulgação / HS2)
Com a realização das Olimpíadas, aconteceu uma série de mudanças na estrutura de Londres, incluindo
a revitalização de bairros antes deixados de lado na cidade. Porém, a capital inglesa ainda encontra desafios grandes para realizar outros projetos. Um desses projetos é a ferrovia HS2, que ligará as cidades de Birmingham e Londres (futuramente, incluirá outras cidades). Embora o projeto enfrente uma série de protestos e manifestações contrárias, a construção está prevista para iniciar em 2017 e a primeira fase do projeto deve entrar em operação apenas em 2026. A foto mostra como deverá ficar uma das estações ao longo da ferrovia. A administração de Londres também estuda outras ações de infraestrutura, como a construção de um novo aeroporto na cidade para aliviar a demanda no movimentado aeroporto de Heathrow.
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4. Investimento em metrô na Índia
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4/7 (Daniel Berehulak/Getty Images)
Com uma população enorme, a Índia precisaria de muitas medidas de infraestrutura para resolver as necessidades do país e da população. Embora talvez ainda não seja suficiente, o relatório da Ernst & Young destaca que o governo da Índia já dedica cerca de 8% de seu produto interno bruto (PIB) para investimentos em infraestrutura, além de ter lançado um plano de investimentos de 1 trilhão de dólares na área entre 2012 e 2017. Já é possível ver alguns projetos caminhando no país. A cidade de Mumbai se prepara para receber uma expansão na malha metroviária, avaliada em 2,5 bilhões de dólares, e a cidade de Hyderabad se prepara para ganhar um metrô, num projeto que deve custar 3,6 bilhões de dólares. Além disso, o país tem projetos de expansão e melhoria em ferrovias e rodovias. A preocupação é se as iniciativas darão conta de atender a demanda na Índia já que, como lembra o relatório, a população do país deve passar a da China como a maior do mundo em 2025.
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5. Trânsito no Canadá
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5/7 (Creative Commons / Wikipedia)
Assim como nos Estados Unidos, aponta o relatório, a maior parte da infraestrutura canadense foi construída após a Segunda Guerra Mundial. Porém, o país fez do assunto uma prioridade nacional nas últimas décadas, aponta o documento. Um dos exemplos citados no texto é a melhoria da ponte Port Mann Bridge, ligando as cidades de Vancouver e Langley. A reforma permitirá um fluxo maior de veículos com o aumento do número de pistas. Outro exemplo citado é a melhora e expansão do sistema de trânsito em Vancouver, projeto de mais de 2 bilhões de dólares que vai melhorar a ligação entre o centro da cidade e o aeroporto, entre outros pontos. O relatório destaca também que o país é um exemplo bem sucedido quando o assunto são as PPPs (parcerias público-privadas). O Canadá utiliza o recurso para financiar desde pequenos projetos locais até grandes melhorias nacionais.
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6. Catar de olho na Copa
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6/7 (Sean Gallup/Getty Images)
Primeiro a Copa tem que passar aqui pelo Brasil, em 2014, e depois pela Rússia, em 2018. Mesmo longe, o Catar já desenvolve projetos de infraestrutura com o campeonato de 2022 na mira. Segundo o relatório da Ernest & Young, bilhões de dólares já estão sendo investidos em projetos de expansão de portos e aeroportos internacionais, na construção de um sistema de metrô em Doha ligando o centro ao aeroporto e na construção de mais vias expressas. Isso tudo sem falar nos 12 estádios de futebol com sistema de ar condicionado que devem ser construídos pelo Catar.
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7. Agora conheça cinco países que fizeram a lição de casa e se destacam em competitividade
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7/7 (Mike Hewitt/Getty Images)