Economia

Brasil quer vender 30 vezes mais carne à China com liberação

A decisão foi imediatamente festejada pelo setor agropecuário brasileiro, maior produtor e exportador mundial de carne bovina


	Vacas: em 2012, China suspendeu importações preventivamente por um caso da doença da vaca louca
 (SXC.Hu/Getty Images)

Vacas: em 2012, China suspendeu importações preventivamente por um caso da doença da vaca louca (SXC.Hu/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 14h54.

Brasília - O governo federal calcula que pode multiplicar por 30 as exportações de carne bovina à China, para US$ 1,2 bilhão em 2015, após a decisão do governo de Pequim de suspender o embargo ao produto brasileiro, informaram os dois países em declaração conjunta.

O fim do embargo chinês à carne bovina brasileira foi anunciado na reunião entre a presidentes Dilma Rousseff, e o da China, Xi Jinping, na primeira visita de Estado do líder chinês ao seu maior parceiro latino-americano.

A decisão foi imediatamente festejada pelo setor agropecuário brasileiro, maior produtor e exportador mundial de carne bovina.

O ministro de Agricultura, Neri Geller, garantiu que, sem restrições, as vendas de carne à China podem alcançar 18% de todas as exportações brasileiras do produto e chegar ano que vem a um valor entre US$ 800 milhões e US$ 1,2 bilhão.

O Brasil começou a vender carne bovina à China em 2009, quando o governo chinês autorizou as importações, e em 2012 chegou a vender US$ 38 milhões no maior mercado mundial.

Em dezembro de 2012, no entanto, a China suspendeu as importações preventivamente por causa de um caso da doença da vaca louca registrado no Brasil em 2010, que depois foi confirmado como atípico e sem risco para o rebanho.

No período sem vendas, no entanto, a China multiplicou as importações de carne bovina desde US$ 255 milhões em 2012 para US$ 1,269 bilhão em 2013, o que faz o setor calcular que pode se beneficiar dessa expansão.

Segundo o ministro da Agricultura, o processo para a retomada das exportações pode demorar cerca de um mês e inicialmente favorecerá oito frigoríficos que já têm certificados sanitários das autoridades chinesas para embarcar seus produtos. Outros nove já esperam autorização. EFE

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