Notas de iuane: Brasil, China, Índia e outros mercados emergentes terão destaque por oferecer menores custos de produção e também pelo tamanho de seus mercados de consumo, segundo a PWC (AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 12h55.
São Paulo – O Brasil apresenta “fortes indícios” de que, até 2050, vai passar o Japão e ocupar a quarta posição no ranking das maiores economias do mundo, segundo estudo “World in 2050 - The BRICs and Beyond: Prospects, challenges and opportunities” (O mundo em 2050 - Os Brics e além: perspectivas, desafios e oportunidades), elaborado pela PwC.
O estudo também afirma que a China deverá ultrapassar os Estados Unidos como a maior economia em 2017, pelo critério de paridade de poder de compra e em 2027, pelas taxas de câmbio de mercado. Mas os EUA vão manter o primeiro lugar com o maior PIB per capita em 2050, porém, a diferença perante os emergentes será menor.
A Rússia poderá superar a Alemanha antes de 2030, para se tornar a maior economia europeia, segundo a PWC – mas poderá ser ultrapassada pelo Brasil antes de 2050. A Índia, por sua vez, poderá ser a terceira maior economia global em 2050, segundo o estudo.
Brasil, China, Índia e outros mercados emergentes terão destaque por oferecer menores custos de produção e também pelo tamanho de seus mercados de consumo, segundo a PWC. Países como a Nigéria e o Vietnã são projetados para passar para o top 20 em 2050, em 13 º lugar e 19º respectivamente.
A projeção também indica avanço do México e da Indonésia, que em 2050 devem estar entre as 10 maiores economias – no 7º e 8º lugares respectivamente – em termos de PIB por PPP.
Apesar da expectativa positiva, o relatório aponta alguns riscos políticos e macroeconômicos que ameaçam o crescimento dos emergentes, além da pressão na oferta de recursos naturais. Alguns riscos citados são os elevados déficits fiscais na Índia e no Brasil, a excessiva dependência das receitas de petróleo e gás na Rússia e na Nigéria, a crescente desigualdade de renda que gera tensões sociais na China e em outras economias em rápido crescimento e a instabilidade econômico financeira no Vietnã.
Veja na tabela abaixo as mudanças nas posições em relação ao PIB em termos de Paridade de Poder Aquisitivo (PPP) :
2011 | 2030 | 2050 | ||||
---|---|---|---|---|---|---|
PPP | país | PIB PPP(2011 US$bn) | país | Projeção de PIB PPP (2011 US$bn) | país | Projeção de PIB PPP (2011 US$bn) |
1 | EUA | 15.094 | China | 30.634 | China | 53.856 |
2 | China | 11.347 | EUA | 23.376 | EUA | 37.998 |
3 | Índia | 4.531 | Índia | 13.716 | Índia | 34.704 |
4 | Japão | 4.381 | Japão | 5.842 | Brasil | 8.825 |
5 | Alemanha | 3.221 | Rússia | 5.308 | Japão | 8.065 |
6 | Rússia | 3.031 | Brasil | 4.685 | Rússia | 8.013 |
7 | Brasil | 2.305 | Alemanha | 4.118 | México | 7.409 |
8 | França | 2.303 | México | 3.662 | Indonésia | 6.346 |
9 | Reino Unido | 2.287 | Reino Unido | 3.499 | Alemanha | 5.822 |
10 | Itália | 1.979 | França | 3.427 | França | 5.714 |
11 | México | 1.761 | Indonésia | 2.912 | Reino Unido | 5.598 |
12 | Espanha | 1.512 | Turquia | 2.760 | Turquia | 5.032 |
13 | Coreia do Sul | 1.504 | Itália | 2.629 | Nigéria | 3.964 |
14 | Canadá | 1.398 | Coreia | 2.454 | Itália | 3.867 |
15 | Turquia | 1.243 | Espanha | 2.327 | Espanha | 3.612 |
16 | Indonésia | 1.131 | Canadá | 2.148 | Canadá | 3.549 |
17 | Austrália | 893 | Arábia Saudita | 1.582 | Coreia do Sul | 3.545 |
18 | Polônia | 813 | Austrália | 1.535 | Arábia Saudita | 3.090 |
19 | Argentina | 720 | Polônia | 1.415 | Vietnã | 2.715 |
20 | Arábia Saudita | 686 | Argentina | 1.407 | Argentina | 2.620 |