Economia

Brasil pode ampliar atuação como local de produção, diz Levy

O ministro da Fazenda disse que o país em como ampliar sua atuação como uma plataforma de produção para outros mercados, para empresas globais e brasileiras


	Joaquim Levy: "o Brasil tem sido um maravilhoso mercado consumidor. Mas o Brasil também tem como ampliar sua atuação como uma plataforma de produção"
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Joaquim Levy: "o Brasil tem sido um maravilhoso mercado consumidor. Mas o Brasil também tem como ampliar sua atuação como uma plataforma de produção" (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 20h14.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participou nesta segunda-feira, 2, do seminário "Novos Enfoques para os Desafios Econômicos", evento integrante de uma série de encontros ministeriais promovida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com países não membros para refletir sobre causas e efeitos da crise econômica internacional.

"Por muito tempo, o Brasil tem sido um maravilhoso mercado consumidor. Mas o Brasil também tem como ampliar sua atuação como uma plataforma de produção para outros mercados, para empresas globais e brasileiras. Essa questão se alinha muito com alguns interesses da OCDE", ressaltou Levy, conforme nota à imprensa divulgada no final da tarde pelo Ministério da Fazenda.

No evento, o ministro ressaltou o papel do Brasil em atrair poupança de longo prazo de economias mais maduras e de se inserir nas cadeias de valor globais. Conforme a nota do ministério, na abertura do evento, Levy disse que o Brasil está muito comprometido com essa agenda discutida pela OCDE e espera que "a iniciativa possa construir pontes concretas em direção a uma economia mais justa e dinâmica".

A reunião, realizada na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, não foi aberta à imprensa.

A nota cita que, segundo o ministro, "esse evento pode desencadear discussões substantivas e de alto nível sobre aumento da produtividade, inovação permanente, finanças sustentáveis e investimento de longo prazo".

Durante o encontro, Levy destacou a importância do compartilhamento de informações como uma ferramenta poderosa na aproximação de pessoas e países, gerando potencial de colaboração e inovação no desenho de políticas eficazes, capazes de contribuir para novos ciclos de aumento de produtividade e crescimento sustentável.

Segundo informa o ministério, o diretor de Relações Globais da OCDE, Marcos Bonturi, reafirmou o objetivo principal da iniciativa, de aprender lições da crise econômica internacional e de abrir o debate para países-chave, que não são membros da Organização. "Isso inclui o Brasil, mas também a China, Índia, Indonésia e África do Sul", afirmou.

Para Bonturi, "esse diálogo pode levar também a um novo patamar nas relações da OCDE com o Brasil".

Participaram do seminário representantes do Ministério da Fazenda, Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Banco Central (BC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

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