Carne: o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango (Thinkstock/Thinkstock)
AFP
Publicado em 22 de março de 2017 às 14h46.
O Brasil pediu nesta quarta-feira aos países da Organização Mundial do Comércio (OMC) que se abstenham de restringir o acesso de maneira arbitrária à sua carne, após revelações de que frigoríficos brasileiros adulteravam produtos impróprios para o consumo.
O Brasil agiu de forma "transparente e cooperativa" e espera que "os países membros da OMC levem em conta todas as informações" fornecidas, indicou o país em uma reunião do Comitê de Medidas Sanitárias e Fitosanitárias da OMC em Genebra, indicaram fontes próximas da instituição multilateral.
O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina e de frango, "espera que os membros da OMC se abstenham de adotar medidas que possam constituir restrições arbitrárias contrárias às regras da OMC", acrescenta o apelo.
A denúncia da Polícia Federal (PF) revelou um esquema em que fiscais sanitários recebiam subornos de parte de empresários para autorizar o comércio de carnes não aptas para o consumo humano. Houve mais de 30 prisões, três frigoríficos foram fechados e 21 estão sob inspeção, sem o direito de exportar até o fim das investigações.
Hong Kong e China, seus principais mercados de carne bovina, fecharam seus mercados à carne brasileira, assim como o Chile.
Outros países ou blocos, como a União Europeia (UE) e Japão, limitaram a restrição aos produtos provenientes de frigoríficos sob suspeita.