A estratégia do governo brasileiro é tentar antecipar o cronograma já firmado com os dois países que prevê a redução gradual de tarifas de importação até 2019 (REUTERS/Fabian Bimmer)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 15h34.
Brasília - Na tentativa de antecipar a redução de tarifas de comércio, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, segue nesta segunda-feira, 20, com uma missão brasileira para o Peru e, de lá, para a Colômbia.
A viagem é mais um passo na nova estratégia de política externa, de focar a integração com outros parceiros, além do Mercosul.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a expectativa do governo é de que os encontros resultem em novos acordos de redução de tarifas comerciais, principalmente na área de bens e serviços, além de acordos relacionados a compras governamentais e investimentos.
A estratégia do governo brasileiro é tentar antecipar o cronograma já firmado com os dois países que prevê a redução gradual de tarifas de importação até 2019. A ideia é reduzir esse prazo e conseguir a queda das tarifas já no início do ano que vem.
A diminuição nas barreiras de comércio pode beneficiar vários setores, como o automotivo, agrícola, pecuária e têxteis. Amanhã, Monteiro se encontrará com a ministra de Comércio Exterior e Turismo peruana, Blanca Magali Silva Velarde-Álvarez.
Na quarta-feira, Monteiro reúne-se com a ministra colombiana de Comércio, Indústria e Turismo, Cecilia Álvarez-Correa. Está prevista uma rodada de negócios entre empresas dos dois países - mais de 50 empresas brasileiras participam da missão.
"Temos condições de construir novos acordos para ampliar significativamente o comércio com Peru e Colômbia - que têm, inclusive, apresentado índices de crescimento expressivos e podem oferecer oportunidades para uma ampla gama de produtos brasileiros", disse monteiro, em nota.
Em 2014, o Brasil exportou para o Peru US$ 1,818 bilhão - 92% em manufaturados. Para a Colômbia, as exportações somaram US$ 2,384 bilhões, também 92% em produtos manufaturados.