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Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 21h05.
O Brasil não precisa de inflação para crescer, afirmou há pouco o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a empresários reunidos na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ele afirmou que apesar de o governo ter ampliado a meta de inflação, continuará perseguindo a meta de 5,5% em 2004.
Palocci disse também que o fato de estabelecer um teto na Constituição para que a carga tributária não exceda os 35% do PIB (Produto Interno Bruto) pode fazer com que ela não supere este patamar, como também não fique abaixo dele. Os empresários reinvidicam o estabelecimento deste teto para evitar que essa carga aumente após a aprovação da reforma tributária.
Segundo a Agência Brasil, o ministro afirmou que a reforma tributária não deve ficar presa à discussão sobre a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na origem ou no destino do produto. O que deve ser priorizado, na opinião dele, é a discussão sobre a unificação e simplificação do ICMS. Afirmou que, se insistir na questão da origem, não haverá reforma nem de um jeito nem do outro. Palocci reafirmou o compromisso do governo com os empresários, em palestra na Fiesp, de não realizar uma reforma que aumente a carga tributária.
Palocci pediu que os empresários não criem falsos atritos na reforma tributária. Vamos atuar em conjunto para atingir o objetivo essencial. Não devemos ser detalhista e nem queremos injetar o texto constitucional , disse ao acrescentar que as decisões fundamentais virão durante aprovação das leis complementares e ordinárias, nas quais o governo confirmará o seu compromisso com a não elevação da carga tributária. Palocci participou do 1º Congresso da Indústria Paulista na Fiesp.
O presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, pediu para o governo não repetir a obsessão arrecadatória vista no país na última década. Lafer pediu uma reforma tributária inteligente, porque, segundo ele, os empresários querem crescer e gerar emprego.