A presidente Dilma Rousseff discursa: o governo da presidente Dilma lançou medidas para impulsionar o crescimento (©AFP/Archivo / Pedro Ladeira)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2012 às 16h10.
São Paulo - O mercado financeiro reduziu mais uma vez, nesta segunda-feira, sua previsão de crescimento econômico para o Brasil em 2012, em virtude do impacto da crise econômica internacional, mostrando-se muito mais pessimista do que o governo.
Os analistas financeiros reduziram sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano a 1,73%, contra 2,01% há um mês, segundo o boletim semanal Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. O governo, no entanto, aguarda um crescimento de 3%.
Os mercados esperam uma nova redução, a nona consecutiva, da taxa de juros de referência do Banco Central, que deve ser anunciada nesta quarta-feira, após a reunião do Comitê de Política Monetária.
A taxa Selic passaria de 8% a um novo patamar histórico, de 7,5%, segundo as previsões dos economistas de mercado financeiro reconhecidas no boletim.
Os mercados se mostram também inquietos com a saúde da sexta economia mundial, apesar da publicação, na semana passada, de dados do Banco Central que indicam uma recuperação da atividade para o segundo semestre.
O governo da presidente Dilma Rousseff lançou recentemente novas medidas para impulsionar o crescimento. Em meados de agosto, o governo anunciou um bilionário plano de concessões para rodovias e ferrovias, estimado em 66 bilhões de dólares.
O governo deve ainda decidir esta semana se prolongará ou não uma nova medida fiscal para estimular a compra de veículos, móveis e equipamentos eletrônicos.
Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo sua previsão de crescimento para o Brasil em 2012 para 2,5%, contra 3,1% três meses antes.
Em 2011, o PIB do gigante sul-americano cresceu 2,7% depois de um vigoroso 7,5% em 2010.