Economia

Brasil inicia petição em painel da OMC contra subsídios à Bombardier

A Embraer, rival da Bombardier, afirmou que o painel vai examinar 4 bilhões de dólares recebidos pela empresa dos governos do Canadá

Bombardier: Brasil aponta excesso de subsídios canadenses à empresa (Qilai Shen/Bloomberg)

Bombardier: Brasil aponta excesso de subsídios canadenses à empresa (Qilai Shen/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 12h40.

São Paulo - O Brasil fez nesta sexta-feira a primeira petição em um painel de disputa comercial aberto na Organização Mundial de Comércio (OMC) que vai avaliar subsídios entregues à fabricante canadense de aviões e trens Bombardier pelos governos do Canadá e da província de Quebec.

Em comunicado, a Embraer, rival da Bombardier, afirmou que o painel vai examinar mais de 4 bilhões de dólares em subsídios recebidos pela Bombardier dos governos do Canadá e de Quebec. "Somente em 2016, estes governos aportaram 2,5 bilhões de dólares à fabricante canadense", afirmou a companhia brasileira.

A petição fornece argumento legal e factual sobre os motivos para os 19 subsídios concedidos à Bombardier e ao programa da aeronave C-Series, afirmou a Embraer, que afirma que os apoios dos governos canadenses são "inconsistentes com os compromissos assumidos pelo Canadá na OMC".

"O entendimento do governo brasileiro, compartilhado pela Embraer, é de que os subsídios do governo canadense à Bombardier ferem essas obrigações", afirmou a fabricante brasileira.

O caso foi aberto pelo Brasil em fevereiro do ano passado e o painel foi iniciado em setembro do ano passado depois que consultas não conseguiram resolver a disputa.

 

Acompanhe tudo sobre:BombardierBrasilEmbraerOMC – Organização Mundial do Comércio

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo