Economia

Brasil ganha certificação como país livre de febre aftosa com vacinação

De acordo com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, declaração da Organização Mundial da Saúde Animal facilitará acesso do país a novos mercados

Pecuária: programa visa ter o país todo livre da febre aftosa sem vacinação até 2023, segundo Maggi (Paulo Fridman/Bloomberg)

Pecuária: programa visa ter o país todo livre da febre aftosa sem vacinação até 2023, segundo Maggi (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2018 às 15h56.

Paris - A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) declarou o Brasil livre de febre aftosa com vacinação nesta quinta-feira, abrindo novas portas de exportação para o maior exportador de carne bovina do mundo.

A OIE já considera a maior parte do Brasil livre de febre aftosa com vacinação. A declaração, que o governo tem esperado desde o início do ano, estende a certificação para o país inteiro.

O acesso brasileiro para muitos mercados de primeira linha permaneceu limitado pelos receios em relação à doença altamente contagiosa que causa febre, bolhas na boca e rupturas nos pés de bovinos, suínos, assim como ovelhas, bodes e outros ruminantes de casco fendido.

"Com essa mudança na condição nós teremos outros países com quem podemos negociar", disse o ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, à Reuters em Paris, onde ele comparece à assembleia geral da OIE.

Ele citou a China como um dos principais mercados em potencial e o Japão, que não compra carne do Brasil devido ao risco de doenças.

Maggi disse que ele lançou um programa que visa ter o país todo livre da febre aftosa sem vacinação até 2023. Apenas um Estado brasileiro, Santa Catarina, tem essa condição até o momento.

A doença, muitas vezes fatal para os animais, pode infectar os seres humanos, apesar de ser extremamente raro.

 

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