Economia

Brasil fecha quase 63 mil vagas em abril, mostra Caged

As demissões líquidas foram praticamente generalizadas no mês passado, puxadas principalmente pelo comércio, que fechou 30.507 empregos com carteira assinada


	Emprego: o mau resultado vem da economia em recessão, que afeta a confiança dos agentes econômicos
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Emprego: o mau resultado vem da economia em recessão, que afeta a confiança dos agentes econômicos (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 16h37.

São Paulo - O Brasil fechou 62.844 vagas formais de trabalho em abril, pior do que o esperado e acumulando no ano perda líquida de 378.481 empregos na série com ajustes, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira.

Em pesquisa Reuters, analistas estimaram o fechamento de 40 mil empregos no mês, pela mediana das expectativas. Em abril do ano passado, o país havia perdido 97.828 vagas, sem ajustes.

As demissões líquidas foram praticamente generalizadas no mês passado, puxadas principalmente pelo comércio, que fechou 30.507 empregos com carteira assinada.

Também tiveram perdas os setores da construção civil (-16.036 postos), da indústria da transformação (-15.982 vagas) e de serviços (-9.937 empregos).

A administração pública mostrou abertura líquida de vagas em abril, com 2.225 postos, e a agricultura também teve resultado positivo (+8.051 vagas).

O mau resultado vem da economia em recessão, que afeta a confiança dos agentes econômicos. Ainda segundo a Caged, no acumulado em 12 meses, o Brasil perdeu 1,826 milhão de postos com carteira assinada.

A taxa de desemprego encerrou o primeiro trimestre em 10,9 por cento, com 11,1 milhões de desempregados, de acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Texto atualizado às 16h37

Acompanhe tudo sobre:CagedDesempregoMinistério do Trabalho

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto