Economia

Brasil fecha 2018 com queda lenta do desemprego e alta da informalidade

12,2 milhões de brasileiros estão desempregados; taxa de desemprego ficou em 11,6% no final do quarto trimestre, contra 11,8% no mesmo período de 2017

Desemprego: taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro de 2018 (Paulo Whitaker/Reuters)

Desemprego: taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro de 2018 (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 09h29.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 10h48.

São Paulo - O Brasil encerrou 2018 com 12,195 milhões de desempregados e taxa de desemprego no quarto trimestre no menor patamar do ano, mantendo o ritmo lento e gradual de recuperação do mercado de trabalho em linha com a atividade econômica, mas com avanço da informalidade.

A taxa de desemprego do Brasil ficou em 11,6 por cento no quarto trimestre, contra 11,9 por cento no terceiro e igualando o resultado dos três meses até novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Os dados apresentados pela Pnad Contínua mostram que o mercado de trabalho continua marcado pelo desalento dos trabalhadores e pela informalidade, embora a taxa de desemprego tenha terminado 2018 no nível mais baixo do ano.

No final de 2017, a taxa havia ficado em 11,8 por cento.

Entre outubro e dezembro o contingente de desempregados no Brasil caiu a 12,195 milhões, de 12,492 milhões no terceiro trimestre e 12,206 milhões nos três meses até novembro. No mesmo período de 2017 o número de desempregados era de 12,311 milhões.

No último trimestre de 2018, o número de desalentados, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, ainda mostrou-se elevado, mas caiu a 4,706 milhões, de 4,776 milhões no terceiro trimestre e 4,705 milhões no trimestre até novembro.

Apesar da melhora, a marca de 2018 foi a decadência do emprego formal, em um cenário de recuperação da atividade em ritmo moderado. O IBGE mostrou que o emprego com carteira assinada registrou alta de 0,1 por cento no quarto trimestre sobre o terceiro, a 32,997 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2018, entretanto, houve recuo de 1,0 por cento.

Já o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado atingiu 11,542 milhões, um aumento de 0,3 por cento sobre os três meses entre julho e setembro e alta de 3,8 por cento sobre o mesmo peróodo do ano anterior.

O IBGE informou também que o rendimento médio do trabalhador atingiu 2.254 reais no trimestre até dezembro, contra 2.237 reais no terceiro trimestre e 2.241 no mesmo período de 2017.

Em 2018, o Brasil abriu 529.554 vagas formais, criando postos de trabalho pela primeira vez desde 2014, de acordo com dados do Ministério da Economia.

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