Economia

Brasil está pronto para nova política do Fed, diz Tombini

"O país está preparado para enfrentar a transição para um ambiente de política monetária mais normal", disse o presidente do Banco Central em apresentação


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: "O país está preparado para enfrentar a transição para um ambiente de política monetária mais normal"
 (Goh Seng Chong/Bloomberg News)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: "O país está preparado para enfrentar a transição para um ambiente de política monetária mais normal" (Goh Seng Chong/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 15h15.

Nova York - O Brasil está pronto para enfrentar a mudança da política monetária dos Estados Unidos, afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a investidores em Nova York, nesta quarta-feira, 25.

"O país está preparado para enfrentar a transição para um ambiente de política monetária mais normal", disse em sua apresentação.

O dirigente citou que o Brasil tem excelentes fundamentos externos, incluindo um nível robusto de reservas internacionais e um sistema financeiro sólido, com bancos capitalizados, líquidos e com provisões para devedores duvidosos.

Ainda sobre os bancos brasileiros, Tombini frisou que dependem pouco do capital externo para financiar suas operações, por isso estão menos vulneráveis.

Além dos bons indicadores e do sistema financeiro, Tombini reiterou que o BC atuou de forma bem-sucedida no mercado para minimizar as turbulências geradas pela expectativa de mudança da política norte-americana.

"O Banco Central atuou de forma correta para mitigar riscos", disse, observando que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa.

Tombini ressaltou que, mesmo depois do dia 22 de maio, quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, sinalizou pela primeira vez que os estímulos monetários poderiam começar a ser retirados, os fluxos de capital continuaram fluindo para o Brasil e até aumentaram.

Na semana passada, com a decisão do Fed de adiar a retirada de parte dos estímulos, Tombini mencionou que o BC ganhou parte do terreno, com o real voltando a se apreciar.

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