PIB: O Brasil deve ter uma alta de 0,5% no Produto Interno Bruto do quarto trimestre, na comparação com os três meses anteriores (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2018 às 06h10.
Última atualização em 1 de março de 2018 às 06h53.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do quarto trimestre de 2017, a ser apresentado hoje, deve confirmar a saída da recessão do país. O Brasil deve ter uma alta de 0,5% no Produto Interno Bruto do quarto trimestre, na comparação com os três meses anteriores.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
No acumulado de 2017 a expansão deve ser de 1,1%, após a perda acumulada de mais de 7% do produto nos últimos dois anos.
Se até então grande parte do crescimento vinha sendo impulsionado pelo consumo das famílias, um outro indicador deve começar a ganhar destaque nos dados do fim do ano: os investimentos.
A expectativa é que os investimentos apresentem uma alta de 1,5% no quarto trimestre, em comparação com os meses anterior e cresça ainda mais em 2018.
“Esperamos um crescimento dos investimentos para este ano de 2,2%, com viés de alta”, diz Rafael Gonçalves Cardoso, economista da Daycoval Investimentos.
“Os investimentos são importantes porque um crescimento baseado apenas no consumo das famílias não é sustentável”, completa.
Para 2018, a expectativa é de um PIB de 2,89%. Economistas ressaltam que a alta dos investimentos pode ser ainda maior em caso de uma definição do cenário político. Se ela vier até agosto, a alta do PIB pode ser ainda maior em 2018.
A partir de 2019, o avanço na economia vai depender não só da confiança de investidores no novo presidente como da retomada da agenda de reformas.
Relatório apresentado ontem pela OCDE, o clube que reúne os países mais ricos do mundo, revelou que as reformas podem fazer o PIB brasileiro crescer mais 1,4 ponto percentual por ano durante 15 anos.
Elas incluem não só medidas de ajuste interno, mas também de maior integração do Brasil à economia mundial. A instituição prevê um avanço de até 3,6% para a economia global em 2018.
Ou seja: o Brasil precisa se mexer só para não ficar para trás. Sair da recessão, como conseguiu em 2017, é só um primeiro passo.