Economia

Brasil e Rússia devem discutir embargo à carne na próxima semana

Enquanto o Brasil segue regras da OlE, o governo russo exigia que se cumprisse o regulamento específico da união aduaneira formada por Bielorússia, Cazaquistão e Rússia

O embargo à carne brasileira foi anunciado pelo governo russo em junho e, desde então, muita desinformação e acusações foram disparadas pelos dois lados  (Divulgação/Independência)

O embargo à carne brasileira foi anunciado pelo governo russo em junho e, desde então, muita desinformação e acusações foram disparadas pelos dois lados (Divulgação/Independência)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 14h27.

Brasília – O Ministério da Agricultura espera receber, ainda nesta semana, um relatório técnico detalhado da missão russa que visitou o Brasil no fim de novembro do ano passado para tentar resolver a questão do embargo às exportações de carne de vários frigoríficos nacionais.

Segundo o secretário de Relações Internacionais do MInistério da Agricultura, Célio Porto, já foi pré-agendado um encontro em separado do ministro Mendes Ribeiro Filho com sua correspondente russa no dia 17 de janeiro, em Berlim.

Os ministros estarão na capital alemã para participar da Semana Verde Internacional de Berlim e, caso se confirme, será o primeiro encontro entre os dois. O embargo à carne brasileira foi anunciado pelo governo russo em junho e, desde então, muita desinformação e acusações foram disparadas pelos dois lados.

Porto disse que a Rússia tem tradição de suspender as importações com origem em estabelecimentos de todos os seus fornecedores “ao menor sinal de desacordo com suas regras”. No entanto, com a entrada oficial do país na Organização Mundial do Comércio (OMC) no dia 1º de janeiro, “a expectativa é que siga regras internacionais”, disse Porto à Agência Brasil.

“O grande problema do embargo russo à carne brasileira é a equivalência de sistemas”, explicou o secretário. O Brasil segue regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), enquanto o governo russo exigia que se cumprisse o regulamento específico da união aduaneira formada por Bielorússia, Cazaquistão e Rússia.

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