Economia

Brasil é o 3º maior exportador de armas pequenas, diz relatório

Os EUA continuam sendo o primeiro exportador de armas pequenas no mundo, seguidos por Itália e Brasil

Armas: as vendas de armas pequenas do Brasil totalizaram US$ 591 milhões em 2014 (iStock/Thinkstock)

Armas: as vendas de armas pequenas do Brasil totalizaram US$ 591 milhões em 2014 (iStock/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 09h25.

Genebra - As vendas globais de armas pequenas totalizaram US$ 6 bilhões em 2014, 3,4% a mais que em 2013, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira pelo centro de estudos Small Arms Survey, que revela que o Brasil e a Coreia do Sul são dois dos cinco primeiros exportadores.

Segundo o relatório atualizado sobre Armas Pequenas de 2017, os EUA continuam sendo o primeiro exportador de armas pequenas no mundo, com vendas de US$ 1 bilhão em 2014, último ano que conta com dados consolidados.

Os EUA são seguidos por Itália com US$ 689 milhões, Brasil com US$ 591 milhões, Alemanha com US$ 475 milhões e Coreia do Sul com US$ 349 milhões.

"A presença do Brasil e da Coreia do Sul entre os primeiros cinco exportadores demonstra uma mudança na dinâmica do comércio internacional de armas pequenas, em particular pela crescente globalização das fontes de fornecimento", apontou o diretor da Small Arms Survey, Eric Berman.

Junto com a Coreia do Sul "temos dois países não europeus, não norte-americanos exportadores de pequenas armas entre os primeiros cinco exportadores, e é a primeira vez que isso acontece", recalcou em coletiva de imprensa o pesquisador sênior da Small Arms Survey, Paul Holtom.

"É a primeira vez que o Brasil supera o umbral de US$ 500 milhões", sublinhou.

As exportações brasileiras de armas pequenas foram sobretudo à Indonésia (mais de 80%), EUA e Emirados Árabes Unidos.

Segundo Holtom, uma tendência que foi observada entre 2013 e 2014 é "um aumento importante no valor das exportações de armas de fogo militares", dado que aumentou 49% até US$ 708 milhões.

Isso se deve principalmente a um forte aumento no valor das exportações brasileiras documentadas desde menos de US$ 1 milhão em 2013 a US$ 198 milhões em 2014, indicou.

Quanto às importações de armas pequenas, os EUA seguem sendo o principal comprador, mas pela primeira vez desde 2001 o seu valor caiu em 2014 12%, até US$ 2,2 bilhões.

Esse paíse foi seguido por Canadá com US$ 364 milhões, Indonésia com US$ 331 milhões, Arábia Saudita com US$ 209 milhões e Alemanha com US$ 198 milhões.

Por regiões, as Américas representaram 40% das importações totais de armas pequenas, seguida por Europa (30%), Ásia e Pacífico (26%) e África (4%).

Nas Américas o valor das importações aumentou em 2014 cerca de US$ 2,9 bilhões.

A América Latina representou menos de 10% das importações de armas ao continente americano, mas houve dois casos - Colômbia e Venezuela - nos quais foram observados aumentos significativos de armas de fogo militar entre 2006 e 2010.

Esta variação também se deveu ao aumento das importações do Peru de armas pequenas.

No lado da transparência, os piores países são Irã, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e pela primeira vez também Israel.

As melhores notas são da Alemanha, Suíça, Holanda, Sérvia e Reino Unido.

Por categorias, os tipos mais são vendidas são as munições (38%), seguida por armas com fins esportivos ou de caça (21%), pistolas e revólveres (14%), armas militares (12%) e partes e componentes (12%).

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