Containers no porto de Xangai: o acordo foi assinado pelos bancos centrais dos dois países e tem o objetivo facilitar o comércio bilateral (REUTER/Aly Song/Files)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 10h18.
Brasília – O Brasil e a China firmaram hoje (26) acordo de troca das moedas locais (reais por yuans) no total de R$ 60 bilhões (190 bilhões de yuans), válido por três anos e com possibilidade de renovação. O acordo foi assinado pelos bancos centrais dos dois países e tem o objetivo facilitar o comércio bilateral.
De acordo com nota do Banco Central (BC) do Brasil, as tratativas para o estabelecimento do acordo foram demandadas pelos líderes dos dois países em declaração conjunta na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorreu na capital fluminense em 2012.
O Banco Central acrescentou que adotará as medidas regulamentares e operacionais necessárias para a implementação da iniciativa, observando os limites e as condições estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O BC também informou que ontem (25) houve uma reunião com o Banco Central da África do Sul (The South African Reserve Bank ), paralelamente ao encontro, em Durban, da Cúpula do Brics, grupo formado por cinco países emergentes - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Nessa reunião, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e a presidenta do Banco Central da África do Sul, Gill Marcus, discutiram as condições monetárias e financeiras pós-crise nos países avançados, e as respostas de política econômica dos países emergentes, inclusive as políticas macroprudenciais.
De acordo com nota do BC, os presidentes dos dois bancos centrais conversaram também sobre sobre formas de fortalecer a voz dos países emergentes em organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Conselho de Estabilidade Financeira (em inglês, Financial Stability Board - FSB)
Na reunião, também foi discutida a agenda de reforma da regulação financeira internacional, principalmente a troca de experiências sobre o progresso na implementação de Basileia 3 (conjunto de regras para a estrutura de capital das instituições financeiras).