Bandeira da China: a China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil e no ano passado a troca entre ambos os países alcançou a soma de US$ 85,7 bilhões. (Barry Huang/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 14h59.
Brasília - Os governos do Brasil e da China assinarão nesta terça-feira na África do Sul um acordo de troca de divisas, mediante o qual pretendem proteger as operações comerciais e investimentos mútuos das oscilações do dólar, informaram hoje fontes oficiais.
O acordo será assinado na cidade sul-africana de Durban durante a cúpula do grupo Brics, composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, segundo informou o governo brasileiro.
As autoridades não precisaram o valor do acordo de troca de divisas, também conhecido como 'swap' cambial, mas se prevê que ele alcançará aproximadamente US$ 30 bilhões.
Essa soma estaria à disposição da China no Brasil, em reais, e do Brasil na China, em iuanes.
O acordo começou a ser negociado em meados de ano passado e pretende se transformar em uma proteção adicional contra o impacto da crise financeira global e as bruscas oscilações geradas na cotação do dólar nos mercados internacionais.
Além do acordo cambial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, devem assinar com as autoridades do Banco Central da China um convênio para fortalecer as relações econômicas e comerciais entre ambos os países.
A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil e no ano passado a troca entre ambos os países alcançou a soma de US$ 85,7 bilhões, segundo dados do governo brasileiro.
A delegação brasileira que participará da cúpula dos Brics será liderada pela presidente Dilma Rousseff, que deve viajar para a África do Sul por volta da meia-noite de hoje.
Segundo dados dos Brics, os cinco países que o integram representam 42% da população mundial e cerca de 45% da força de trabalho que existe no planeta.
Em 2012, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul somaram 21% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e o comércio entre eles chegou a um total de US$ 282 bilhões.
Além disso, o crescimento da economia dos cinco países alcançou em 2012 uma média de 6,1%, e segundo previsões do próprio grupo, deverá ser de 6,9% em 2013.