Economia

Brasil e Argentina negociam para melhorar comércio

O ponto principal da agenda diz respeito aos instrumentos de financiamento das importações argentinas de automóveis fabricados no Brasil


	Carros importados estacionados no Porto de Santos: segundo a Anfavea, as exportações brasileiras do setor caíram 32% no primeiro trimestre de 2014
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Carros importados estacionados no Porto de Santos: segundo a Anfavea, as exportações brasileiras do setor caíram 32% no primeiro trimestre de 2014 (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 14h00.

Buenos Aires - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MIDC), Mauro Borges, desembarca no início desta tarde de terça-feira, 22, em Buenos Aires para negociar com o governo argentino medidas de incentivo ao comércio bilateral. O ponto principal da agenda diz respeito aos instrumentos de financiamento das importações argentinas de automóveis fabricados no Brasil.

A visita foi anunciada na semana passada, após reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o titular da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.

Segundo ele, as exportações brasileiras do setor caíram 32% no primeiro trimestre de 2014, comparado com igual período do ano passado. Borges lidera a missão brasileira acompanhado pelo secretário executivo do Ministério de Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli.

Eles manterão conversas com os ministros Axel Kicillof (Economia), Debora Giorgi (Indústria), e Jorge Capitanich (Chefe de Gabinete de Ministros). O presidente do Banco Central, Juan Carlos Fábrega, que esteve presente no último encontro realizado em Buenos Aires, em 14 de março, também deve participar da reunião.

Foi em uma conversa a sós, entre Fábrega e Borges, que os dois governos puderam avançar em um memorando de entendimento sobre o tema, cuja assinatura foi concretizada no dia 28 de março, na Costa do Sauípe, Bahia, durante a assembleia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A preocupação do governo brasileiro com a queda das vendas ao mercado do principal sócio na região tem sustentação nos números. No primeiro trimestre, conforme últimos dados disponíveis, o comércio bilateral recuou 17% em relação ao mesmo período de 2013.

Enquanto os embarques argentinos ao Brasil recuaram 21%, as exportações brasileiras aos argentinos contraíram 13% no período observado, conforme análise da consultoria Abeceb.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAnfaveaArgentinaAutoindústriaCarrosComércio exteriorImportaçõesVeículos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto