Economia

Brasil e Argentina negociam fim de tensão comercial

O setor automotivo argentino foi afetado após o Brasil impor licenças não-automáticas à importação de veículos, e convocou os governos dos dois países para o diálogo

O secretário da Indústria argentino, Eduardo Bianchi, e seu colega brasileiro, Alessandro Teixeira, vão continuar na terça-feira o encontro bilateral (Evaristo Sa/AFP)

O secretário da Indústria argentino, Eduardo Bianchi, e seu colega brasileiro, Alessandro Teixeira, vão continuar na terça-feira o encontro bilateral (Evaristo Sa/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2011 às 08h54.

BUENOS AIRES (Reuters) - Brasil e Argentina iniciaram na segunda-feira uma rodada de negociações comerciais de dois dias em que buscarão "uma solução para cada ponto de tensão" surgido na relação bilateral, disse um alto funcionário do governo argentino.

O setor automotivo argentino expressou há uma semana preocupação após o Brasil impor licenças não-automáticas à importação de veículos, e convocou os governos dos dois países para chegar a um acordo.

O Brasil também reclamou das dificuldades para que baterias, pneus, calçados e máquinas agrícolas de fabricação própria ingressem no mercado argentino.

O secretário da Indústria argentino, Eduardo Bianchi, e seu colega brasileiro, Alessandro Teixeira, vão continuar na terça-feira o encontro bilateral, em Buenos Aires, com o objetivo de solucionar as diferenças surgidas nos últimos dias.

"Os dois governos demonstraram preocupações e estamos trabalhando em busca de uma solução para cada ponto de tensão surgido da relação comercial", disse Bianchi em comunicado do Ministério da Indústria.

A decisão brasileira de impor barreiras, que na prática podem deixar mais lenta a entrada de veículos a seu mercado, afetou vários países, entre eles México, Estados Unidos e Argentina, cujo governo respondeu com reclamação sobre travas brasileiras à exportação de outros bens.

A Argentina é sócio do Brasil no bloco econômico Mercosul, também integrado por Uruguai e Paraguai, e que proíbe a adoção de licenças não-automáticas entre seus países-membros.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaComércioComércio exteriorDiplomaciaIndústriaIndústrias em geral

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'