Economia

Brasil diz que acordo UE-Mercosul faz frente à onda protecionista

Ainda que as conversas evoluem a um ritmo lento, é esperado que um acordo político seja anunciado na Conferência Ministerial da OMC em dezembro

Mercosul: segundo o ministro brasileiro, com o acordo, o fluxo de comércio entre as duas regiões aumentará em mais de 50% em 2030 (Mercosul/Divulgação)

Mercosul: segundo o ministro brasileiro, com o acordo, o fluxo de comércio entre as duas regiões aumentará em mais de 50% em 2030 (Mercosul/Divulgação)

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EFE

Publicado em 3 de julho de 2017 às 09h40.

Madri - As negociações em andamento para alcançar um acordo entre UE e Mercosul representam um importante avanço "para contrapor a onda protecionista que tomou forma nos últimos anos no mundo todo", disse nesta segunda-feira o ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira.

Em um seminário na Casa da América em Madri, Pereira destacou que o Brasil já mostra sinais de sua recuperação econômica, com um crescimento de 1% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2017 após oito semestres consecutivos de contração.

Ainda que as conversas evoluem a um ritmo lento, é esperado que um acordo político entre a UE e o Mercosul seja anunciado na Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que acontecerá em Buenos Aires de 10 a 13 de dezembro deste ano.

"Projeções mostram que com o acordo, o fluxo de comércio entre as duas regiões aumentará em mais de 50% em 2030"", afirmou o ministro brasileiro.

Além disso, acrescentou que, em caso de um acordo, haveria um aumento de 13% e 17% nas taxas de exportação e importação, respectivamente, na economia nacional.

O ministro também sublinhou os esforços dentro do bloco sul-americano de estreitar suas relações e destacou a importância de não deixar "cabos soltos" na região antes de prosseguir com a negociação de acordos com novas zonas geográficas.

Pereira deixou claro que a patronal empresarial Confederação Nacional de Indústria (CNI) não só apoia, mas pressiona constantemente o Governo brasileiro para um acordo, que deverá aumentar em 3% o PIB do país e gerar uma maior rentabilidade e competitividade para ambas economias.

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