Ministra Katia Abreu se mostrou convencida de que o Brasil já conta com as condições necessárias para assinar um acordo de saúde (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 14h41.
Bruxelas - A ministra de Agricultura, Katia Abreu, assegurou nesta quarta-feira que seu país está preparado para assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia (UE), pois cumpre com os requisitos de saúde para exportar e é capaz de satisfazer a demanda dos consumidores europeus.
"Temos que nos movimentar para um acordo de livre-comércio o mais rápido possível", declarou Abreu em entrevista coletiva prévia a sua visita ao Executivo comunitário.
A titular de Agricultura confiou em conseguir um acordo com a União Europeia neste ano ao considerar que os brasileiros estão "absolutamente preparados para satisfazer a demanda dos consumidores europeus".
"Talvez houve falta de confiança nos últimos tempos, mas temos que ser otimistas (...) temos que concluir as negociações", acrescentou.
Abreu se mostrou convencida de que o Brasil já conta com as condições necessárias para assinar um acordo de saúde, "o primeiro passo para alcançar um acordo de livre-comércio".
A ministra também disse ser consciente de "o importante que é a segurança alimentar para os europeus".
"Quando harmonizemos as normas seremos capazes de evoluir a maior velocidade", disse após ressaltar sua vontade de abrir o mercado de exportações a novos produtos.
A ministra se reunirá hoje com os comissários europeus de Agricultura e Saúde, Phil Hogan e Vytenis Andriukaitis, com quem tratará de temas como o nível de exportação de alimentos e a defesa dos consumidores.
"Temos que ver como podemos abrir o mercado levando em conta que o consumo está crescendo", precisou.
Além disso, a ministra destacou a capacidade de seu país para satisfazer a demanda na União Europeia, e lembrou que "entre 21% e o 22% de nossos produtos vão parar na Europa".
Questionada pelas recentes reformas da presidente Dilma Roussef, a ministra de Agricultura considerou que "o anunciado são cortes para os que qualquer família tem que estar preparada em uma situação de crise".
"É preciso cortar no supérfluo mas não no necessário como alimentos, saúde ou educação", assinalou.