Caged: O desempenho do mercado formal em 2021 refletiu a retomada da economia no período de reabertura da pandemia da Covid-19 (Marcello Casal Jr/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 09h48.
Última atualização em 31 de janeiro de 2022 às 09h50.
O Brasil criou 2.730.597 vagas de emprego formal em 2021, revertendo o fechamento de 190,7 mil vagas em 2020, primeiro ano da nova metodologia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho. O saldo de 2021 é fruto de 20.699.802 admissões e de 17.969.205 desligamentos.
No mês de dezembro, houve retração no mercado de trabalho e foram fechados 265.811 postos de trabalho, resultado de 1.437.910 admissões e de 1.703.721 desligamentos naquele mês.
O resultado positivo de 2021 vem após uma série de ajsutes na série do Caged que dissolveram o bom desempenho de 2020. O saldo de 2020 foi reduzido em 46,82% em relação ao divulgado pelo próprio governo no mês de janeiro.
O desempenho do mercado formal em 2021 refletiu a retomada da economia no período de reabertura da pandemia da Covid-19. Também mostrou os efeitos do programa de manutenção do emprego e renda (BEm), que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salários, com um período subsequente de estabilidade no emprego.
O resultado do Caged segue contrastando com o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE. A última rodada, divulgada na semana passada, apontou nova diminuição na taxa de desemprego no Brasil, que foi de 11,6% no trimestre encerrado em novembro.
Ainda assim, há 12,4 milhões de brasileiros procurando por trabalho. O perfil das vagas criadas na reabertura, com menor qualificação e retorno do mercado informal, associada ao aumento da inflação provocaram forte queda na renda média do trabalhador.
A Pnad considera vagas formais e informais, e apresenta dados trimestrais. Já as informações do Caged refletem números mensais apenas de empregos formais.
Enquanto a pesquisa do IBGE investiga todos os tipos de ocupação, nos mercados formal e informal, além de empresários e funcionários públicos, o Caged só considera aqueles que trabalham com carteira de trabalho assinada.