Economia

Emprego formal tem queda anual de 57% em fevereiro

No Brasil, foram criados 150.600 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro

Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Daniela de Lamare/Gloss)

Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Daniela de Lamare/Gloss)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 15h01.

Brasília - A economia brasileira criou 150.600 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, informou nesta sexta-feira o Ministério do Trabalho. Um ano antes, foram criados 347.070 novos empregos.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertas 150.600 vagas no mês passado. Um ano antes, foram criados 347.070 novos empregos. No acumulado de 2012, foram abertos 293.987 postos.

O dado de fevereiro mostrou fortes quedas em sete setores da economia em relação ao mesmo mês do ano passado. O setor de serviços, que em fevereiro de 2011 gerou pouco mais de 134 mil postos, abriu no mês passado 93.170 vagas.

A indústria da transformação, que havia tido uma contratação líquida de 60 mil empregados baixou expressivamente as admissões neste ano para 19.609.

O desempenho negativo do comércio também contribuiu para a queda do emprego. Enquanto em fevereiro do ano passado, as admissões superaram as demissões em 17.394 postos, no mês passado, houve dispensas líquidas de 6.645.

Mesmo a administração pública mostrou desempenho inferior ao do ano passado. Em fevereiro de 2011, as contratações superaram as demissões em pouco mais de 15 mil vagas. Em igual mês deste ano, foram abertas 14.694 postos.

Fragilidade

Em janeiro foram criadas 118.895 postos de trabalho, no pior resultado para o mês em três anos.

Em 2011 todo, o arrefecimento da atividade econômica teve impacto direto na geração de emprego, que foi 25 por cento menor do que em 2010 e ficou abaixo da expectativa do próprio governo.

O ano passado terminou com a abertura acumulada de pouco mais de 1,9 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. No auge do otimismo, o Ministério do Trabalho chegou a falar que poderiam ser criados 3 milhões de empregos. O resultado final ficou aquém mesmo da última previsão, que era de 2,4 milhões de postos.

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