Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 26 de junho de 2024 às 18h22.
Última atualização em 26 de junho de 2024 às 18h54.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 26, que a meta contínua de inflação será de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo. Segundo ele, a decisão foi tomada em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta tarde. O anúncio de Haddad ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar um decreto que altera o sistema de metas para inflação.
O chefe da equipe econômica também afirmou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em queda em 2024, há crescimento econômico no país e geração de empregos.
“No ano passado, a inflação ficou abaixo de 4,75% e, neste ano, ficará abaixo de 4,5%, declinando, como os números parciais corroboram. A inflação continua caindo, lembrando que estamos crescendo, gerando emprego. Desde o ano passado o crescimento vem surpreendendo positivamente e a inflação vem surpreendendo positivamente. O objetivo de um país tem de ser crescer com baixa inflação”, disse Haddad.
O ministro da Fazenda ainda afirmou que não há qualquer “apreensão” em relação ao compromisso do Banco Central e do governo com o atingimento das metas de inflação.
“Quanto menor a inflação, melhor o poder de compra dos salários, facilita a vida do trabalhador. Durante os seus mandatos, o presidente Lula cumpriu quase todos os anos as metas estabelecidas e não está sendo diferente nos seus dois primeiros anos neste governo”, disse.
Haddad ainda afirmou que as projeções de mercado que apontam para uma deterioração fiscal e para uma inflação maior “não têm consistência”. Segundo ele, o governo deve atingir o melhor resultado fiscal no primeiro semestre em dez anos.
“Na minha opinião, não tem consistência essas previsões [de mercado]. É o terceiro bimestre que vai trazer números, até aqui, completamente consistentes com as projeções da Secretaria de Política Econômica. O trabalho que está sendo entregue até aqui. Possivelmente, teremos o melhor resultado fiscal dos últimos dez anos em 2024. Vamos aguardar, mas a minha impressão é que teremos o melhor resultado fiscal dos últimos dez anos no primeiro semestre”, disse.