Economia

Brasil convida Argentina a discutir desavenças comerciais

Ministro Fernando Pimentel chamou a colega argentina, Débora Giorgi, para uma reunião sobre o assunto

Fernando Pimentel quer uma discussão bilateral sobre as questões comerciais (Antonio Cruz/ABr)

Fernando Pimentel quer uma discussão bilateral sobre as questões comerciais (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2011 às 17h26.

Brasília - O titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, convidou nesta sexta-feira sua colega argentina, Débora Giorgi, a uma reunião em Brasília para discutir as recentes desavenças comerciais entre os dois países.

Pimentel fez o convite em uma breve carta de resposta à que havia sido enviada pela ministra argentina para protestar contra as medidas protecionistas anunciadas nesta quinta-feira pelo Governo Federal para frear a importação de automóveis.

Na carta, Pimentel reiterou "o interesse e a disposição" do Brasil em tratar "todos" os assuntos de interesse comercial entre ambas as partes, segundo informou o ministério em comunicado.

O ministro declarou que as preocupações despertadas pela Argentina "foram e continuarão sendo objeto de discussão bilateral".

Por outro lado, Pimentel foi mais incisivo sobre as questões levantadas pelo governo brasileiro, sobre as quais disse que "é necessário iniciar um diálogo construtivo conforme o estipulado" durante o último encontro dos dois países, realizado em Buenos Aires.

No fim do texto, Pimentel convidou Giorgi a ir a Brasília, "caso deseje", para tratar das desavenças comerciais entre os países.

Nesta quinta-feira, o Governo Federal impôs restrições à importação de automóveis de todo o mundo, embora a medida tenha sido interpretada na Argentina como uma represália às barreiras que o país impõe aos alimentos procedentes do Brasil.

A nova medida estabelece a implantação de licenças não-automáticas para a liberação nos portos e postos de fronteira dos automóveis importados.

O governo argentino qualificou a medida como "intempestiva" e advertiu que a resolução afeta 50% do comércio bilateral.

Giorgi enviou uma dura carta a Pimentel na qual defende as medidas de proteção comercial adotadas pela Argentina e acusa o Brasil de impor múltiplas barreiras às exportações argentinas.

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