Brasília - Na primeira emissão de papéis no mercado internacional em 2010, o Brasil captou US$ 750 milhões com o segundo menor juro da história. O Tesouro Nacional emitiu títulos da dívida externa com vencimento em 2021 com taxa de retorno (juros cobrados pelos investidores para comprarem os papéis) de 5% ao ano.

Os menores juros foram de 4,75% ao ano, registrados quando o governo emitiu títulos em dezembro de 2009. Na ocasião, o país havia lançado títulos de dez anos, com vencimento em 2019. De acordo com o Tesouro, o fato de o governo ter lançado papéis de prazo um pouco mais longo, com vencimento em 2021, contribuiu para o aumento da taxa de retorno.

Juros menores significam que os investidores internacionais estão menos desconfiados do risco de que o país dê calote. Taxas baixas também indicam que os investidores externos estão mais confiantes na estabilidade econômica do país que emite os títulos.

O Tesouro anunciou ainda que lançará mais US$ 37,5 milhões em títulos no mercado asiático, mas os resultados finais da emissão externa só serão divulgados amanhã (16). O dinheiro da emissão só será incorporado às reservas internacionais no dia 22.

No ano passado, o Brasil fez cinco emissões de títulos no mercado externo. Em quatro lançamentos, o Tesouro obteve as menores taxas de juros da história conforme cada tipo de papel.