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Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2014 às 12h49.
Londres - Mesmo com a forte deterioração das expectativas empresariais para o Brasil, o País ainda conta com o melhor cenário para os próximos 12 meses entre os emergentes do mundo - grupo conhecido como Brics.
De acordo com a pesquisa "Markit Global Business Outlook", as perspectivas para a Rússia caíram nos últimos seis meses, permaneceram estáveis para a Índia e subiram ligeiramente na China.
Em outubro, o indicador sobre a expectativa para a atividade empresarial no Brasil mostrou que o universo de otimistas com o País superou em 44 pontos o grupo dos pessimistas. O dado é o mais elevado entre os quatro BRIC.
"Apesar da queda da confiança que levou o indicador do Brasil para o menor patamar da série, o País ainda tem o mais elevado nível de expectativa entre os BRIC", destaca a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 24, em Londres.
A situação brasileira, porém, não é explicada por eventual situação confortável da economia nacional e o quadro ainda mais complicado entre os demais emergentes é a razão desse fenômeno.
"A expectativa para os negócios nos principais emergentes caiu, na média, para o menor patamar em cinco anos. A Rússia tem o otimismo mais fraco", diz o estudo. Após queda pela metade do universo de otimistas com Moscou, o indicador do país caiu para 10 pontos.
"A Rússia é a maior preocupação. Diante das sanções internacionais e uma moeda que cai em espiral, a incerteza prevalece e derrubou as expectativas para os negócios", diz o economista-chefe da Markit e responsável pela pesquisa, Chris Williamson.
"Uma ligeira reação nas expectativas para os negócios na China oferece alguma esperança de que as empresas não estão, pelo menos, à espera de um pouso drástico do país", completa o economista.
Entre os demais grandes emergentes, a Índia tem o segundo melhor indicador e leitura em 35 pontos - mesmo patamar observado em junho. Já a China tem o terceiro melhor indicador com 26 pontos - dois pontos acima do registrado seis meses atrás.
Na média dos BRIC, a confiança caiu um ponto de junho para outubro e agora está em 27 pontos - o menor patamar da série histórica da pesquisa que foi iniciada há cinco anos.