Carteira de trabalho: o desempenho favorável foi puxado principalmente pelo setor de serviços (Jorge Rosenberg/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de setembro de 2017 às 16h44.
Última atualização em 21 de setembro de 2017 às 17h15.
Brasília - O Brasil teve criação líquida de 35.457 vagas formais de emprego em agosto, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho, no quinto resultado consecutivo no azul.
O dado veio abaixo da expectativa de abertura de 50 mil vagas, segundo pesquisa Reuters feita com a analistas, mas representou a melhor performance para o mês desde 2014, quando foram abertas 101.425 vagas, na série sem ajustes.
O desempenho favorável foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com abertura de 23.299 postos. Aparecem também como destaques positivos a indústria da transformação (+12.873 vagas), comércio (+10.721) e construção civil (+1.017)
Na ponta negativa, figuraram os setores da agricultura (-12.412), serviços industriais de utilidade pública (-434) e indústria extrativista mineral (-135).
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, foram criados 163.417 postos formais, dando respaldo à avaliação de lenta e gradual recuperação da economia. No mesmo período de 2016, haviam sido fechadas 651.288 vagas.
Em 12 meses, o saldo segue no vermelho, com fechamento de 544.658 postos.
Segundo dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 12,8 por cento no trimestre encerrado em julho, resultado melhor do que o esperado mas ainda impulsionado sobretudo pelo aumento do emprego informal.