Economia

Brasil abre 130 mil vagas com carteira assinada em novembro

O resultado considera 1.866.752 admissões e 1.736.655 desligamentos

Carteira de trabalho digital (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Carteira de trabalho digital (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 28 de dezembro de 2023 às 14h13.

Última atualização em 28 de dezembro de 2023 às 14h37.

A economia brasileira criou 130.097 postos de trabalho com carteira assinada no mês de novembro de 2023, alta de 1,77% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pela contratação de temporários no período. No mês de novembro de 2022 foram criadas 127.832 vagas.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira, 28. O resultado considera 1.866.752 admissões e 1.736.655 desligamentos.

No acumulado dos 11 primeiros meses de 2023, o saldo do Caged é positivo em 1.914.467, sendo positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e nos 27 estados. Com o resultado, o estoque total recuperado para o Caged foi de 44.358.892 postos de trabalho formais.

Dois setores têm alta de emprego em novembro

O setor com maior impacto positivo para os dados de novembro foi o de Serviços, com saldo de 92.620 postos, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve saldo positivo de 62.471 empregos.

A segunda maior geração ocorreu no Comércio, com 88.706 postos de trabalho gerados no mês, principalmente no comércio varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios (+19.032), Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (+13.060), além dos artigos de Varejista de Calçados (+10.251).

Com o impacto sazonal, os outros três setores tiveram queda no período. Na Indústria, o saldo negativo foi de 12.911 postos de trabalho. Os maiores saldos negativos foram fabricação de álcool (-4.270), e impacto concentrado em Goiás (-4.270); fabricação de calçados (-3.429), e impacto concentrado no Ceará (-1.752); e na fabricação de açúcar em bruto (-3.064), e impacto na Bahia (-1.279) e Goiás (-1.173).

A Construção Civil também teve queda, com saldo de -17.300 postos formais de trabalho. O maior decréscimo ocorreu na Construção de Edifícios (-5.022), com 51% da redução em São Paulo (-2.576) e a Construção de Rodovias e Ferrovias (-4.917), com 42% da diminuição em Minas Gerais (-2.062).

Na Agropecuária também houve queda, com -21.017 postos formais de trabalho. As maiores reduções foram nos cultivos de Cana-de-açúcar (-5.332), um terço em São Paulo (-1.739) e Soja (-1.999), 61% no Mato Grosso (-1.224).

Emprego nos estados

Entre os estados, São Paulo foi o que teve maior geração de emprego, com 47.273 postos, alta de 0,35% em comparação com o mesmo período, em sua maioria no setor de serviços (+36.099). Na sequência, o Rio de Janeiro teve 23.514 postos, com aumento de 0,67%, e o Rio Grande do Sul apresentou saldo positivo de 11.799 postos (+0.43%).

Goiás foi a unidade da federação com o pior resultado, com menos 7.073 postos (-0,49%), com impacto da agropecuária (-5.229); Mato Grosso com -4.178 postos (-0,47%), com impacto da agropecuária (-3.772); e o Piauí com -124 postos (-0,04%), com impacto da fabricação do álcool (-887).

Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal ou informal, além do número de desalentados. Por conta disso, os resultados não são comparáveis. 

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