Economia

Braga recomenda cautela na venda de ativos da Petrobras

O ministro de Minas e Energia disse que é necessário ter "prudência" ao tratar dos planos de desinvestimentos da Petrobras devido às muitas incertezas


	Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 22h57.

Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta terça-feira que é necessário ter "prudência" ao tratar dos planos de desinvestimentos da Petrobras devido às muitas incertezas neste momento no mercado mundial de petróleo.

Questionado se a cautela valeria também para a abertura de capital da BR Distribuidora, Braga disse que a prudência "vale para tudo nessa área". "Isso não significa dizer que não possamos avaliar, andar e encontrar oportunidades", disse. "Num momento de volatilidade é muito difícil periodizar. É preciso estar atento às oportunidade na área de óleo e gás ou em qualquer outra área." A Petrobras pretende vender 15,1 bilhões de dólares em ativos até o final de 2016, com forma de reduzir sua alavancagem.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters no fim de agosto, a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Distribuidora poderá ser adiada em razão da volatilidade do mercado.

"Existe neste momento, em vários setores da economia mundial, prudência e calma, e nós temos que ter prudência e calma para tomar decisões nessa área (de petróleo e gás)", disse o ministro a jornalistas. CELG O ministro disse ainda que a privatização da distribuidora de energia de Goiás Celg, da Eletrobras, dará alívio mensal de ao menos 80 milhões de reais ao mês à controladora.

"A privatização da Celg significa aliviar o caixa da Eletrobras e em ultima análise do Tesouro (Nacional) em 80 milhões de reais", disse o ministro.

De acordo com Braga, o ministério aguarda para meados deste mês uma posição do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a prorrogação dos contratos de concessão das distribuidoras de energia elétrica, para poder dar encaminhamento ao processo de venda da concessionária. "Essa prorrogação é que nos possibilitará avançarmos com o edital de privatização da Celg", disse o ministro. "Acho que a venda de ativos pode ajudar a não pressionar mais o caixa do Tesouro."

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