Bradesco: a instituição diz que os dados econômicos conhecidos recentemente indicam uma saída gradual da recessão (Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de maio de 2017 às 17h26.
Última atualização em 5 de maio de 2017 às 17h30.
São Paulo - O Bradesco informou nesta sexta-feira, 5, que revisou suas projeções para a Selic e agora espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aplique um corte de 1,25 ponto porcentual na próxima reunião, marcada para o fim de maio. A previsão anterior era de uma redução de 1,0 p.p..
O Bradesco aposta que, depois disso, o BC realize um corte de 1,0 p.p. e outros dois de 0,5 p.p..
Com isso, o ano terminaria com a Selic a 8,0% ao ano, mantendo-se nesse nível até o fim de 2018.
Antes, a instituição financeira acreditava que a taxa básica de juros chegaria ao fim de 2017 ao nível de 8,5% ao ano e permaneceria assim até o fim do ano que vem.
As revisões, argumenta a equipe econômica do banco, são justificadas por índices de inflação menores do que o esperado e a expectativa de que os preços vão continuar com o processo de desaceleração.
Além disso, a instituição diz que os dados econômicos conhecidos recentemente indicam uma saída gradual da recessão.
Os analistas do banco ponderam, no entanto, que este cenário está condicionado ao "bom encaminhado" da reforma da Previdência.
"Diante desses elementos e considerando que o avanço da tramitação da reforma da Previdência acontecerá dentro do esperado, ajustamos nossa expectativa para os próximos passos da política monetária, com o Copom tendendo a antecipar o ciclo de queda da Selic", diz o relatório.
Reconhecendo que a inflação tem apresentado índices menores do que o esperado, o Bradesco revisou para baixo a sua projeção para o IPCA de 2017, de 3,9% para 3,7%.
A estimativa para 2018 também foi alterada para um nível mais baixo, de 4,5% para 4,1%.
"A evolução moderada da atividade econômica continua se traduzindo em um processo desinflacionário mais disseminado e persistente".
Em relação ao PIB, o banco mudou a expectativa para o primeiro trimestre, de crescimento de 0,3% para 0,7%.
Para o ano inteiro, no entanto, foi mantida a projeção de expansão de 0,3%.