Plataforma de petróleo: riscos para a produção de petróleo em várias regiões permaneceram elevados (Kristian Helgesen/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2014 às 11h30.
Londres - O crescimento da demanda global de petróleo vai acelerar no próximo ano com a expansão da economia mundial e voltará a ser atendida pelo aumento do fornecimento dos Estados Unidos e do Canadá, corroendo ainda mais a participação de mercado dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), afirmou nesta sexta-feira a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Entretanto, a IEA disse, em seu relatório mensal, que os riscos para a produção de petróleo em várias regiões permaneceram elevados. "Os riscos de fornecimento no Oriente Médio e Norte da África, sobretudo no Iraque e na Líbia, permanecem extraordinariamente altos", disse a IEA.
"Os preços do petróleo continuam historicamente elevados e não há sinal de uma mudança da maré ainda." O petróleo Brent do Mar do Norte atingiu a máxima em nove meses, em junho, com preço acima de 115 dólares por barril, impulsionado por uma insurgência sunita que varreu o noroeste do Iraque, tomando o controle de grandes partes do país produtor de petróleo e fechando sua maior refinaria.
O mercado de petróleo enfraqueceu ao longo do último mês, mas continua nervoso sobre novos choques de oferta. Em sua primeira previsão para 2015 no relatório mensal, a IEA --que aconselha os principais países consumidores sobre a política energética-- disse que espera que a demanda global por petróleo cresça 1,4 milhão de barris por dia (bpd) no próximo ano, ante 1,2 milhão bpd deste ano.
"Países recém-industrializados e economias emergentes devem, mais uma vez, liderar a demanda", disse. O segundo maior consumidor de petróleo do mundo, China, verá a demanda por petróleo crescer 4,2 por cento, acima dos 3,3 por cento deste ano, enquanto o maior consumidor de petróleo, os Estados Unidos, só vai aumentar a demanda em 0,2 por cento, para 19,1 milhões de barris por dia, crescimento abaixo do previsto para este ano, de 0,6 por cento.