Economia

Economista defende elevação gradual da meta de superávit

Segundo assessor da campanha de Marina Silva, a medida é necessária para colocar em ordem a situação fiscal do governo e reduzir a dívida líquida do país


	Dinheiro: segundo Marco Bonomo, não há saída fácil para o ajuste
 (REUTERS/Bruno Domingos)

Dinheiro: segundo Marco Bonomo, não há saída fácil para o ajuste (REUTERS/Bruno Domingos)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 15h40.

Rio de Janeiro - O economista Marco Bonomo, professor do Insper e um dos assessores da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência, defendeu nesta segunda-feira, 22, a elevação "gradual" da meta de superávit primário.

Segundo ele, a medida é necessária para colocar em ordem a situação fiscal do governo e reduzir a dívida líquida do país.

"A economia está desaquecida, então não se pode contar com aumento de impostos que vêm do crescimento", disse ele, que é um dos assessores da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência.

Segundo Bonomo, não há saída fácil para o ajuste. "Temos uma herança maldita, que inclui inflação alta, preços represados, juros altos, economia desaquecida e uma política monetária desacreditada", afirmou.

O professor do Insper também defendeu que haja uma convergência gradual da inflação para o centro da meta, que é de 4,5%.

"O Banco Central está dizendo há anos que está convergindo, mas nunca chega lá", criticou.

Ele ainda avaliou ser necessária a redução gradual da banda da meta de inflação, hoje com dois pontos porcentuais de tolerância acima ou abaixo do centro da meta. "Dois pontos é muito", comentou.

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