Jair Bolsonaro: "Vinha trabalhando há meses em cima disso, de forma reservada obviamente" (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 10h51.
Última atualização em 15 de janeiro de 2020 às 12h26.
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (15) que o Brasil está bastante adiantado para cumprir os requisitos de entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne 36 países ricos, a maioria da Europa e América do Norte.
Nesta terça, o governo dos Estados Unidos informou que pretende indicar o Brasil como o próximo país a ingressar como membro pleno da OCDE.
"A notícia foi muito bem-vinda. Vinha trabalhando há meses em cima disso, de forma reservada obviamente. Houve o anúncio [dos EUA], são mais de 100 requisitos para ser aceito, estamos bastante adiantados, inclusive na frente da Argentina. E as vantagens do Brasil são muitas, equivalem ao nosso país entrar na primeira divisão", disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira.
Para o presidente brasileiro, além de contar com o apoio dos Estados Unidos, o Brasil também vem vencendo as resistências de outros países e mostrando que é um país viável.
Em nota, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília afirma que a decisão de priorizar a candidatura do Brasil agora, como próximo país a iniciar o processo, é uma evolução natural do compromisso, como reafirmado pelo secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e pelo presidente Donald Trump, em outubro de 2019.
Naquela ocasião, entretanto, o secretário de Estado enviou um documento ao secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, manifestando apoio à entrada da Argentina e da Romênia na organização.
"O governo brasileiro está trabalhando para alinhar suas políticas econômicas com as normas da OCDE, priorizando a adesão à organização para reforçar as reformas econômicas", diz a nota. "A OCDE é uma organização baseada em consenso, e qualquer decisão de convidar países para iniciar o processo de adesão precisará ser tomada por todos os 36 países-membros", acrescenta.
A embaixada do país norte-americano destaca ainda que a declaração conjunta de março de 2019, do presidente Trump e do presidente Bolsonaro deixou claro o apoio dos EUA ao Brasil para iniciar o processo para se tornar um membro pleno da OCDE e saudou os esforços contínuos do Brasil em relação às reformas econômicas, melhores práticas e conformidade com as normas da entidade.
A OCDE reúne os países mais industrializados do mundo e estabelece parâmetros conjuntos de regras econômicas e legislativas para os seus membros.