Economia

Bolsonaro defende reformas a governadores e diz que medidas serão amargas

Diante de governadores eleitos, Bolsonaro procurou fazer um discurso de união, pedindo que deixem de lado as diferenças político-partidárias

Bolsonaro: presidente eleito disse que é preciso aprovar as reformas que estão sendo preparadas pela equipe econômica de seu futuro governo (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: presidente eleito disse que é preciso aprovar as reformas que estão sendo preparadas pela equipe econômica de seu futuro governo (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 14h01.

Última atualização em 14 de novembro de 2018 às 16h21.

Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, em evento em Brasília com governadores eleitos, que é preciso aprovar as reformas que estão sendo preparadas pela equipe econômica de seu futuro governo para enfrentar os problemas do país.

Bolsonaro afirmou que os governadores terão problemas pela frente quando assumirem os governos dos Estados, assim como ele terá dificuldades à frente do governo federal. O presidente eleito fez também o alerta de que algumas medidas que precisarão ser adotadas "são amargas", mas que é preciso buscar soluções.

"Muitos dos senhores já vão enfrentar o início do mandato com problemas, assim como o Brasil também começa o ano com problemas, mas nós temos que administrá-los e mais do que tudo, buscar soluções", discursou Bolsonaro.

"Temos que aprovar reformas que estão sendo ultimadas pela minha equipe econômica, já vínhamos pedindo aos presidentes da Câmara e do Senado alguma coisa no tocante a votar ou não votar determinadas matérias, eu agradeço o apoio de vossas excelências nesse momento."

Diante de governadores eleitos por várias legendas, Bolsonaro procurou fazer um discurso de união, pedindo que os futuros comandantes dos Executivos estaduais deixem de lado as diferenças político-partidárias e defendeu que "a partir desse momento, não existe mais partido, nosso partido é o Brasil".

"Temos que buscar soluções, não apenas econômicas, se nós conseguirmos, por exemplo, diminuir a temperatura da insegurança no Brasil, a economia começa a fluir", disse Bolsonaro.

"Algumas medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo", acrescentou, em referência ao país europeu que enfrentou recentemente uma grave crise fiscal e econômica, que levou a cortes em pensões e aposentadorias.

Bolsonaro também voltou a criticar a política ambiental praticada atualmente no país, prometendo ao mesmo tempo que trabalhará para preservar o meio ambiente. Ele disse que deverá anunciar em breve o titular do ministério para a área.

"Estamos na iminência de anunciar o nome do ministro do Meio Ambiente, que não será o que a imprensa anunciou até o momento... mas é uma pessoa que conhece com profundidade essa questão e vai facilitar as licenças ambientais", disse.

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