Economia

Bolsonaro assina decreto que amplia por dois meses o auxílio de R$ 600

Em cerimônia no Planalto, o governo anunciou que decidiu manter o pagamento em julho e agosto, mas vai dividir o valor em três parcelas

Bolsonaro: A ampliação do auxílio anunciada pelo presidente já havia sido antecipada nesta manhã pelo ministro da Economia, Paulo Guedes (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro: A ampliação do auxílio anunciada pelo presidente já havia sido antecipada nesta manhã pelo ministro da Economia, Paulo Guedes (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

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Clara Cerioni

Publicado em 30 de junho de 2020 às 16h52.

Última atualização em 30 de junho de 2020 às 18h27.

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira, 30, um decreto que amplia por mais dois meses as parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores impactados pela pandemia da covid-19.

A assinatura aconteceu em cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, assim como o vice-presidente, Hamilton Mourão, o ministro da cidadania, Onyx Lorenzoni, o chefe da Casa Civil, Braga Netto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

"Isso só foi possível dada a sensibilidade de nosso ministro Paulo Guedes e do nosso Congresso", afirmou o presidente.

O governo manterá o pagamento em julho e agosto, mas decidiu dividir o valor em três parcelas. Ainda não foram divulgados os termos exatos dos novos pagamentos.

Segundo Guedes, a divisão das parcelas será uma "aterrissagem inteligente". De acordo com ele, a ideia é que no início de agosto sejam pagos R$ 500; outros R$ 100 no final do mês; em setembro, serão depositados mais R$ 300 no início do mês e outros R$ 300 no final.

Apesar de não ter definido o valor das parcelas, a lei que instituiu o auxílio autoriza a possibilidade de renovar o benefício apenas se o pagamento concedido mensal for mantido. Inicialmente, o auxílio de R$ 600 seria pago por três meses.

A ampliação do auxílio já havia sido antecipada nesta manhã por Paulo Guedes, em audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional que monitora a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à covid-19.

"Temos aquele dilema. Ou você dá um valor alto por pouco tempo ou dá valor mais baixo e estica um pouco. Vamos por essa solução" disse mais cedo o ministro.

Na segunda-feira, 29, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, informou que a extensão do auxílio emergencial custará R$ 100 bilhões ao governo. O custo hoje do programa é de R$ 54 bilhões por mês. 

Na cerimônia, Guedes voltou a falar que após a prorrogação do auxílio emergencial, o governo lançará novos programas de caráter permanente. Ele citou o chamado Renda Brasil e a recriação do contrato de trabalho Verde Amarelo, cuja medida provisória anterior não chegou a ser votada pelo Congresso.

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