Economia

Argentina eleva previsão para área de trigo a 4,3 mi ha

Segundo Bolsa de Cereales, área deve ultrapassar as estimativas graças a boas condições climáticas e preços elevados do cereal


	Fazendeiros trabalhando na colheita de trigo em uma fazenda próxima da cidade de Santo, na Argentina
 (Diego Giudice/Bloomberg News)

Fazendeiros trabalhando na colheita de trigo em uma fazenda próxima da cidade de Santo, na Argentina (Diego Giudice/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 17h25.

Buenos Aires - Os agricultores da Argentina deverão plantar 4,3 milhões de hectares de trigo na temporada 2014/15, que está começando, ultrapassando a estimativa de 4,1 milhões de cerca de um mês atrás, graças a boas condições climáticas e preços elevados do cereal, disse nesta quinta-feira a Bolsa de Cereales de Buenos Aires.

O país sul-americano é um dos maiores fornecedores mundiais de trigo, mas o governo aplica restrições às exportações para garantir o abastecimento interno, um movimento que prejudica o planejamento da safra e que, segundo os produtores, corrói as suas margens de lucro do setor.

No ciclo 2013/14, a área plantada foi de 3,62 milhões de hectares, de acordo com a bolsa.

A instituição explicou que, além de fatores gerais, como clima e preços, a expansão anual da área de trigo resulta de diferentes fatores em diferentes regiões.

"Nas regiões produtoras do sudeste e sudoeste de Buenos Aires e no sul do Pampa, são esperados aumentos na área em comparação com o ciclo anterior. Isto é devido principalmente à diminuição da área de cevada", disse a Bolsa em seu relatório semanal grãos, no qual também informou o início do plantio de trigo de 14/15.

Buenos Aires é a mais importante província agrícola do país.

A cevada é o outro grande cultivo de inverno da Argentina, mas espera-se que muitos produtores adotem o trigo nesta temporada, após safra ruim para a cevada em 2013/14.

Por sua vez, no noroeste da Argentina, "a área plantada de trigo vai crescer em relação ao ciclo 2013/14, que teve uma queda acentuada na superfície devido a uma seca severa", disse a entidade.

Enquanto isso, a região central do país vai aumentar o plantio devido à necessidade de rotação de culturas com a soja, um processo que promove a fertilidade do solo.

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