Gás da Bolívia: Bolívia está fornecendo desde sábado gás natural a Cuiabá por um contrato inicial para 20 dias (AFP/Archivo)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 13h49.
La Paz - O governo da Bolívia assinará um novo contrato para exportar durante quase três anos 2,24 milhões de metros cúbicos diários de gás natural para Cuiabá (MT), informou nesta terça-feira a companhia petrolífera estatal boliviana YPFB.
Os presidentes da Petrobras e da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e assinarão o documento em um ato previsto para a primeira semana de março em uma sede ainda indefinida, assinala um comunicado da companhia petrolífera boliviana.
Segundo a mesma fonte, está sendo planejada a presença ao evento da presidente Dilma Rousseff e da Bolívia, Evo Morales.
Trata-se de um contrato de fornecimento de gás natural a uma usina termelétrica de Cuiabá, acordo que durará 34 meses, entre março de 2014 e dezembro de 2016, mas que pode ser ampliado caso o requerimento for prolongado, afirmou o presidente de YPFB, Carlos Villegas.
A Bolívia está fornecendo desde sábado gás natural a Cuiabá por um contrato inicial para 20 dias.
O preço básico para a venda é de US$ 10,16 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica), mas terá um aumento adicional se a Bolívia garantir o fornecimento diário e semanal dos volumes.
Com o preço base, a Bolívia cobraria US$ 16,7 milhões em 20 dias, mas a soma será de US$ 17,5 milhões se tiver os pagamentos extra.
O Brasil está comprando o volume adicional de gás natural pelo movimento econômico que geraram a organização do Mundial de Futebol 2014 e as Olimpíadas de 2016, segundo diretores de YPFB.
A exportação do hidrocarboneto para Cuiabá é possível porque a Bolívia conta este ano pela primeira vez com uma produção adicional de gás natural não comprometida em seus contratos maiores com o mercado de São Paulo e o da Argentina.
A produção boliviana de gás natural alcançou no domingo o valor recorde de 64,3 milhões de metros cúbicos diários.
A Bolívia fornece 31 milhões de metros cúbicos diários de gás à indústria paulista e 19 milhões ao mercado argentino.