Economia

Boletim Focus volta a reduzir projeção para a inflação em 2017

Especialistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma alta de 3,64 por cento do IPCA neste ano, contra estimativa anterior de 3,71 por cento

Inflação: para 2018, a projeção do Focus agora é de 4,33 por cento, de 4,37 por cento antes (Paulo Fridman/Bloomberg)

Inflação: para 2018, a projeção do Focus agora é de 4,33 por cento, de 4,37 por cento antes (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2017 às 09h14.

Última atualização em 19 de junho de 2017 às 09h15.

São Paulo - As perspectivas de crescimento e de inflação para a economia brasileira continuaram em trajetória de queda na pesquisa Focus do Banco Central, enquanto o grupo que mais acerta as previsões elevou sua visão para a taxa básica de juros este ano.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostrou que a conta para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu em 0,01 ponto percentual e agora é de apenas 0,40 por cento.

Para 2018, a piora foi ainda mais forte, e a estimativa para o crescimento do PIB passou a 2,20 por cento, de 2,30 por cento antes.

O segundo trimestre começou com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subindo 0,28 por cento em abril ante março, num sinal de retomada.

Para a inflação, os especialistas consultados passaram a ver uma alta de 3,64 por cento do IPCA neste ano, contra estimativa anterior de 3,71 por cento. Para 2018, a projeção agora é de 4,33 por cento, de 4,37 por cento antes.

O cenário para a política monetária, por sua vez, não sofreu alterações, com a perspectiva de corte de 0,75 ponto percentual da Selic, atualmente em 10,25 por cento, na reunião de julho do Banco Central.

Permaneceram também as projeções de que a taxa básica de juros terminará este ano e o próximo a 8,5 por cento.

Por sua vez, o Top-5, que reúne aqueles que mais acertam as projeções, elevou a perspectiva para a Selic este ano a 8,50 por cento, de 8,38 por cento na mediana das projeções da semana anterior. Para o ano que vem, permanece a expectativa de que a taxa básica de juros termine a 8 por cento.

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