Economia

Boletim Focus: Projeção do mercado para inflação de 2023 sobe para 6,03%

A expectativa para o IPCA deste ano na Focus passou de 6,02% para 6,03%

Inflação: Considerando somente as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 6,01% para 6,00% (Leandro Fonseca/Exame)

Inflação: Considerando somente as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 6,01% para 6,00% (Leandro Fonseca/Exame)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 15 de maio de 2023 às 09h28.

Última atualização em 15 de maio de 2023 às 09h40.

Monitoradas atentamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, as projeções para a inflação oscilaram pouco no Boletim Focus desta semana, conforme divulgação desta segunda-feira, 15, realizada pelo BC. A expectativa para o IPCA deste ano na Focus passou de 6,02% para 6,03%, numa leve aceleração após uma semana de redução. Um mês antes, a mediana era de 6,01%. Para 2024, ano em que o Banco Central mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,16% para 4,15%, contra 4,18% de quatro semanas atrás.

Considerando somente as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 6,01% para 6,00%. Para 2024, caiu de 4,20% para 4,12%, considerando 61 atualizações no período.

Apesar da queda nesta semana, a mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 segue acima do teto da meta (4,75%), apontando para o terceiro ano de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana já está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo de tolerância, que vai até 4,50%.

Expectativa da inflação para 2025

A mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 4,00%, repetindo a taxa de quatro semanas atrás. A estimativa para o IPCA de 2026 também continuou em 4,00%, mesmo porcentual de um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026, que será discutido na reunião de junho do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.

Expectativa do PIB

O Boletim Focus mostrou estabilidade no cenário de crescimento econômico para este ano. A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 oscilou de 1,00% para 1,02%, contra 0,90% há um mês.

Já considerando apenas as 40 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 1,02% para 1,00%.

Para 2024, o Relatório Focus mostrou queda marginal na estimativa de crescimento do PIB, de 1,40% para 1,38%, contra 1 40% de um mês atrás. Considerando apenas as 37 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 recuou de 1,37% para 1,27%.

Em relação a 2025, a mediana recuou de 1,80% para 1,70%, ante 1 72% quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que continuou em 1,80%, repetindo a taxa esperada há um mês.

O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do PIB deste ano de 1,0% para 1,2% no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.

Já na grade de parâmetros divulgada em março pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,1% para 1,61%.

Acompanhe tudo sobre:Boletim Focuseconomia-brasileira

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo