Economia

Boletim Focus aponta Selic menor em 2017 e 2018

Segundo economistas, a taxa de juros deve chegar ao fim do ano em 7,50 por cento, mesmo patamar que deve fechar 2018

Ilan Golfajn: Top 5, grupo que mais acerta as projeções na pesquisa semanal do BC, o cenário é de a Selic ainda mais baixa: 7,25 por cento em 2017 (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Golfajn: Top 5, grupo que mais acerta as projeções na pesquisa semanal do BC, o cenário é de a Selic ainda mais baixa: 7,25 por cento em 2017 (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 09h14.

São Paulo - Os economistas reduziram suas revisões para a taxa básica de juros em 2017 e em 2018, com o grupo que mais acerta as projeções vendo a Selic igualar seu nível recorde de baixa já neste ano, em meio ao cenário de inflação e atividade econômica fracas, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

Para este ano, pela mediana das estimativas, a taxa de juros irá a 7,50 por cento, frente a 8 por cento esperados até então, mesmo patamar que deve fechar 2018. Para o próximo ano, as expectativas eram antes de 7,75 por cento.

O Top 5, grupo que mais acerta as projeções na pesquisa semanal do BC, o cenário é de a Selic ainda mais baixa: 7,25 por cento em 2017, frente ao cenário de 7,50 por cento esperado antes. Para 2018, as contas permaneceram em 7,25 por cento, mesmo patamar recorde de baixa alcançado no final de 2012.

No fim do mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a taxa básica de juros em 1 ponto, para 9,25 por cento, e sinalizou que deve manter o ritmo no curto prazo.

O Focus mostrou ainda que as projeções para a alta do IPCA neste ano subiram ligeiramente, depois que o governo federal decidiu elevar as alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis. Agora, a estimativa é de que a inflação fique em 3,45 por cento, contra 3,40 por cento esperados na semana anterior, em 2017. Para 2018, a projeção de 4,20 por cento não mudou.

Em ambos os casos, o resultado está abaixo do centro da meta oficial de inflação, de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto para mais ou menos.

Para a atividade econômica, os economistas mantiveram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano a 0,34 por cento, depois de dois anos seguidos de recessão, e a 2 por cento em 2018.

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