Economia

BoE sinaliza mais altas de juros contra inflação no Reino Unido

Membros do Comitê de Política Monetária também afirmaram esperar um crescimento modesto na economia do Reino Unido

Banco da Inglaterra: declaração dos dirigentes é dada após o BoE neste mês elevar os juros pela primeira vez em uma década (Paul Hackett/Reuters)

Banco da Inglaterra: declaração dos dirigentes é dada após o BoE neste mês elevar os juros pela primeira vez em uma década (Paul Hackett/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 11h05.

Londres - Um grupo de dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) afirmou esperar que a instituição eleve gradualmente os juros nos próximos dois anos, para manter o controle sobre a inflação.

Em depoimento por escrito aos parlamentares, Michael Saunders, Ian McCafferty e Gertjan Vlieghe, três membros do Comitê de Política Monetária, afirmaram esperar um crescimento modesto na economia do Reino Unido, o que deve levar a mais quedas no desemprego e a um impulso no crescimentos dos salários.

"Uma previsão do tipo seria consistente com mais um modesto aperto da política monetária no período da projeção", disse Vlieghe. Saunders disse esperar que qualquer elevação nos juros seja gradual e limitada.

A declaração dos dirigentes é dada após o BoE neste mês elevar os juros pela primeira vez em uma década. A maioria dos dirigentes, entre eles o presidente, Mark Carney, disse que a elevação era necessária para conter a inflação, impulsionada pelo recuo na libra desde o voto pela saída da União Europeia, o chamado Brexit, no ano passado. A inflação anual estava em 3% em outubro, bem acima da meta de 2% do BoE.

Os dirigentes advertiram que a decisão do Reino Unido de sair da UE deve pesar sobre a capacidade da economia para produzir bens e serviços nos próximos anos, conforme a economia se ajusta a sua nova relação comercial com a UE e o restante do mundo.

Os investidores antecipam que o BC britânico eleve sua taxa básica de juros para 1% até o fim de 2020, do patamar atual de 0,5%.

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