Economia

Falta de regras na China é risco à economia global, diz BoE

Presidente do Banco Central da Inglaterra alertou que há necessidade de uma ação também dos bancos centrais do Ocidente


	Luzes iluminam janelas do Banco da Inglaterra (Bank of England): "o que está acontecendo na China tem um impacto direto na demanda global por produtos e serviços", afirmou autoridade
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Luzes iluminam janelas do Banco da Inglaterra (Bank of England): "o que está acontecendo na China tem um impacto direto na demanda global por produtos e serviços", afirmou autoridade (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2014 às 17h27.

Nova York - O presidente do Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, alertou que a escassez de regulação no sistema bancário paralelo (shadow banking) chinês representa um risco para a economia mundial e há necessidade de uma ação também dos bancos centrais do Ocidente, relata o jornal alemão Handelsblatt, em uma entrevista publicada na sua edição de segunda-feira.

"O que está acontecendo na China tem um impacto direto na demanda global por produtos e serviços", afirmou Carney à publicação, observando que o setor bancário paralelo está crescendo rapidamente na China.

Há garantias implícitas entre os bancos locais e os bancos paralelos, diz a reportagem, acrescentando que essas estruturas claramente envolveriam riscos. Houve um aumento nas transações bancárias no sistema paralelo no último ano, que representaria quase 50% do crescimento do crédito. Os chamados shadow banks são intermediários financeiros não bancários que oferecem serviços similares aos bancos comerciais tradicionais.

Os bancos centrais ocidentais também precisão agir, disse Carney na entrevista, defendendo maior comunicação entre o Federal Reserve, o Banco Central Europeu e o Banco Central da Inglaterra.

"Entretanto, acho que todos os bancos centrais precisam prestar atenção nas consequências de suas decisões na economia mundial", afirmou Carney à publicação,

apontando para as consequências dos testes de estresse em curso nos bancos europeus. "Este deveria ser um teste difícil e confiável. Isso somente é possível quando há consequências extraídas dos resultados", afirmou Carney.

O Banco da Inglaterra não estava imediatamente disponível para confirmar os comentários feitos na entrevista. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosChinaFinançasInglaterraPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto